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Já conhece o “Girafales”? Sim, é o nome do professor que dava aula para as crianças da vila do “Chaves”, no seriado de mesmo nome popularmente conhecido aqui no Brasil. Mas o “Girafales” que vamos apresentar trata-se de uma plataforma de educação on-line.

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A plataforma é voltada para quem estuda para concursos públicos e, assim como a Netflix, funciona assim: uma assinatura mensal para você acessar todo o catálogo de cursos, os quais podem ser assistidos sem limites de visualizações.

O valor da mensalidade é R$ 24,90, mas os três primeiros dias depois do cadastro são gratuitos.

A rede educativa não só fornece aulas, mas aproxima os alunos dos professores. É possível seguir seus professores favoritos e receber um feed apenas com atualizações relevantes, além de tirar dúvidas diretamente nas aulas.

As aulas ministradas na plataforma poderão estar em diferentes formatos: PDF, exercícios e videoaulas. Cerca de 15 professores estão integrados ao projeto e divulgam as aulas em vídeo no canal.

O site foi criado em março deste anos por três cearenses: o professor Thiago Pacífico, o desenvolvedor Wedson Lima e o gerente de projetos Cleber Sena.

Clique aqui e experimente!

The Nation, a revista mais antiga dos Estados Unidos, fundada em 1865, e uma das mais bem conceituadas por sua seriedade, publica artigo devastador sobre interesses por trás do processo político em curso no Brasil, no qual destaca que entre os grupos que buscam promover a derrubada do governo, há um pouco discutido: o das empresas que lucram com a escravidão.

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Um golpe dos donos de escravos no Brasil?

Entre os opositores da combatida – e ameaçada de perder o cargo – presidente do Brasil, Dilma Rousseff, existe um grupo com interesses comuns que se pensava haver perdido seu poder político há cerca de um século: os donos de escravos. Há alguns dias um artigo noThe New York Times, que documentou os muitos crimes dos políticos envolvidos no processo de impeachment, disse o seguinte acerca de Beto Mansur, um ardoroso deputado em sua oposição ao Partido dos Trabalhadores (ou PT): “Ele é acusado de manter 46 trabalhadores em suas fazendas de soja no Estado de Goiás em condições tão deploráveis que os investigadores disseram serem eles tratados como escravos modernos.”

A escravidão não é, claro, o principal eixo de conflito entre o governo do PT e seus opositores. Outros – incluindo Mark Weisbrot, Glenn Greenwald, David Mirada, Andrew Fishman, Gianpaolo Baiocchi, Ben Norton e Dave Zirin – documentaram os muitos e diferentes interesses de classe e de status que se aliaram, usando o bordão da “anti-corrupção” tanto para desviar a atenção de sua própria venalidade como para começar a reversão das políticas levemente redistribucionistas do PT, que vem governando o Brasil desde 2003 . Quando se menciona a escravidão, isto é geralmente feito como uma herança. O Brasil importou mais africanos escravizados que qualquer outra nação americana, e foi o último país do hemisfério a abolir a instituição, em 1888. Como é o caso das nações historicamente fundadas sobre o colonialismo e a escravidão, a política econômica federal do PT, orientada para o alívio da pobreza e redução da desigualdade, tem um viés racial. Isto era verdade em 1964 quando um governo levemente reformista foi derrubado em um golpe (como minha colega da MYU, Barbara Weinstein, escreve em seu maravilhoso novo livroThe Color of Modernity: São Paolo and the Making of Race and Nation in Brazil- A Cor da Modernidade: São Paulo e a Formação da Raça e da Nação no Brasil). E é verdade hoje, 56 anos depois.

Mas, na verdade, a escravidão ainda existe no Brasil, na Amazônia (como escrevi emFordlândia, com base nesta investigação da Bloomberg), e cada vez mais nas plantações de soja do interior. A escravidão moderna é, como um funcionário do Ministério do Trabalho o declara, uma "parte essencial da economia globalizada, orientada para a exportação, sobre a qual o Brasil prospera." Os trabalhadores são coagidos quer por meios violentos, quer por força de seus débitos a fornecer trabalho sem compensação e forçados a suportar as condições mais desumanas. Eles forjam ferro-gusa para alimentar a indústria de aço do Brasil, colhem soja, derrubam florestas tropicais, cortam cana-de-açúcar e servem como empregadas domésticas.

Uma das primeiras coisas que o governo do PT fez quando assumiu em 2003, depois que Luiz Inácio Lula da Silva alcançou a presidência, foi criar uma “lista suja” de “centenas empresas e empregadores individuais que foram investigados por fiscais trabalhistas e descobertos como usuários de escravos. Os empregadores nesta lista estão impedidos de receber empréstimos do governo e têm restrições colocadas sobre as vendas de seus produtos." O PT também intensificou os esforços para "emancipar "os escravos modernos:" Em 2003, um plano nacional de erradicação do trabalho escravo atualizou a legislação e introduziu um sistema de procuradores e juízes do trabalho. "Entre 2003 e 2015," o governo resgatou 44.483 trabalhadores do que chama "condições análogas à escravidão."

A "lista suja", juntamente com outras iniciativas abolicionistas do PT, provocou uma reação por parte daqueles interesses econômicos que lucram com a escravidão moderna. No final de 2014, a Suprema Corte do país, que tem apoiado decididamente os que desejam o impeachment da Dilma, emitiu uma liminar contra o Ministério do Trabalho para que este suspendesse o lançamento de uma nova lista de donos de escravos. A decisão foi tomada para favorecer a associação dos proprietários e construtoras do Brasil. E muitos desses interesses, incluindo políticos ruralistas como Beto Mansur, encontram-se entre aqueles que pressionam para a queda de Dilma e a destruição do PT. O principal grupo de lobby da agro-indústria brasileira, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, que apoia a derrubada de Dilma, tem se oposto à "lista suja" há anos. Uma investigação feita pelo Repórter Brasil, uma ONG que combate o trabalho forçado, revela que os partidos políticos por trás do impeachment (incluindo o Partido do Movimento Democrático do Brasil, o partido de Eduardo Cunha, o líder do Congresso da Câmara dos Deputados do Brasil e que organizou o impeachment) são aqueles que receberam a maior parte das doações políticas de empresas que lucraram com o trabalho escravo.

Os lucros produzidos pelo trabalho escravo no Brasil são relativamente insignificantes se comparados à riqueza dos principais promotores da crise política: as elites ligadas às finanças, à energia, à mídia e à industria. Mas a luta em torno da escravidão no Brasil revela o que em última análise está em jogo no conflito. Muitos dos políticos agora que procuram derrubar Dilma ficaram espetacularmente ricos ou representam outros que se enriqueceram espetacularmente durante os bons tempos da primeira década dos mandatos do PT, aproximadamente de 2003 a 2013, durante os dois termos de Lula e o primeiro da Dilma. No entanto, eles jamais aceitaram a ideia de que deveriam subordinar seus interesses particulares ao projeto maior do PT, a despeito do fato de que foi este projeto – incluindo uma leve redistribuição – que impulsionou o consumo interno e os tornou espetacularmente ricos. A exportação de soja explodiu sob o governo do PT, dando origem a toda uma classe de barões no interior, alguns dos quais, incluindo homens como Mansur detêm assentos no Congresso. E apesar dos esforços agressivos do PT para erradicar a escravidão moderna, o trabalho forçado na verdadeaumentousob seu governo, na medida em que cresceram as indústrias que utilizaram trabalho forçado, entre as quais eles a da soja, a do etanol e a do açúcar.

A escravidão, conquanto relativamente pequena frente ao quadro maior do mercado de trabalho do Brasil, representa a fina borda de um princípio mais amplo: o direito das elites brasileiras de explorarem os seres humanos e a natureza tão implacavelmente quanto o desejarem. Como já está amplamente divulgado, a presidente eleita duas vezes no Brasil está hoje prestes a ser afastada do cargo, o que pode acontecer logo na primeira semana de maio. Sua destituição pode ser chamada de muitas coisas, entre elas um golpe da mídia e um golpe constitucional. Pelo menos em parte, ela é também um golpe dos donos de escravos.

Veja o texto original em inglês:
(http://www.thenation.com/article/a-slavers-coup-in-brazil)

São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais. Esses foram os Estados que já registraram, ou ainda registram, ocupações de escolas públicas comandadas por estudantes.

Cada vez mais frequente, a tática de tomar prédios escolares colocou os alunos no centro do debate educacional. Para estudiosos, o fenômeno reforça o diagnóstico de que já não é mais possível fazer política pública sem ouvir quem está na sala de aula.

Ocupacao

Mesmo com a liberação da sede do Centro Paula Souza, em São Paulo, 11 Etecs (escolas técnicas) seguem ocupadas. Outras duas escolas estaduais, ligadas à secretaria de Educação, e o prédio da Diretoria de Ensino Centro-Oeste, em Perdizes, também foram tomadas por estudantes.

Melhoria na alimentação escolar e protestos contra a "máfia da merenda" no Estado, investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, são os principais alvos.

Em uma vitória parcial dos estudantes, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu distribuir refeições do tipo marmitex a alunos do ensino técnico —parte só recebia a chamada "merenda seca", com bebida láctea e bolacha.

No Rio, fim dos cortes de verbas na educação e mudanças no currículo estão entre as reivindicações dos estudantes, que ocupam 68 escolas estaduais.

Apesar de pautas diversas e muitas vezes complexas, há um pano de fundo em comum, diz o professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) Paulo Carrano: a insatisfação com o modelo de escola, o sentimento de falta de interlocução e a própria característica dessa geração, que goza de uma autonomia que os pais não tiveram.

Para Carrano, que coordena o laboratório Observatório Jovem na UFF, há pesquisas e conhecimento sobre o perfil da juventude atual, mas falta "vontade política de fazer uma escola aberta" que vá ao encontro dela.

"O que os governos estão fazendo é reagir contra as ocupações, apenas por sobrevivência política", diz. "Mas temos de aproveitar a potencialidade do movimento".

Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o movimento "segue uma linha de ocupar e qualificar o debate sobre o direito à educação". "Por muito tempo isso ficou restrito a ativistas e pais, agora eles são os protagonistas", diz.

DESCOBERTA
A estudante Izabel Catão, 17, "mora" desde o dia 18 de março na escola Souza Aguiar, no centro do Rio. Só agora, diz, sente que está na escola "onde queria estar".

"Estamos falando muito sobre política, gênero, feminismo, debates que não temos na escola. A gente tem voz", diz. "Descobrimos talentos entre os alunos que ninguém conhecia."

A estudante afirma ter "acordado" para o movimento estudantil após a "vitória" dos jovens de São Paulo em 2015. As ocupações nas escolas paulistas fizeram o governo voltar atrás no projeto de reorganização escolar.

O Estado previa fechar 94 escolas e criar 754 unidades de ciclo único, o que causaria a transferência de 311 mil alunos. No auge, 196 unidades foram tomadas.

O secretário de Educação de SP, José Renato Nalini, assumiu a pasta no começo do ano, após o fim das ocupações, reforçando compromisso de dialogar com os alunos.

Desde então, a pasta fomentou a formação de grêmios, e o secretário participou de conferências com alunos pela internet.

"Há uma avaliação contínua para mudanças e estamos construindo um projeto de gestão democrática para a rede", diz. "Mas muitas vezes as pautas são muito difusas".

Lilian Kelian, do Programa Jovens Urbanos no Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), identifica as manifestações do MPL (Movimento Passe Livre) em 2013 como inspiração dos estudantes. Na ocasião, os atos barraram a alta das tarifas em várias cidades e Estados.

"O MPL se articulava com estudantes e influenciou a reflexão sobre a escola", diz.

Midia-ManipulaOs que não são idiótes (no sentido grego: o que se volta para a vida privada menosprezando completamente a vida pública) jamais podem ignorar como a grande mídia mistifica a realidade e manipula a opinião pública.

Todos os grandes meios de comunicação (naturalmente) têm suas preferências (partidárias, eleitorais, ideológicas e, sobretudo, pecuniárias). Já sabemos que nas democracias venais contemporâneas o dinheiro deslavadamente gera poder e que o poder desavergonhadamente gera dinheiro.

A mídia, na medida em que filtra e manipula conteúdos, apresenta-se como uma das pontes privilegiadas de ligação dessa política.

O sociólogo e professor emérito do MIT (Massachusetts Institute of Technology – Boston), Noam Chomsky, tido peloNew York Timescomo “o maior intelectual vivente”, catalogou as 10 técnicas de mistificação e manipulação promovidas pela grande mídia[1]. Trata-se de um decálogo extremamente útil (especialmente para aqueles que bravamente desafiam a inexpugnável ignorância diária). Vejamos:

1.A estratégia da distração. É fundamental, para o grande lobby dos poderes, manter a atenção do público concentrada em temas de pouca relevância [programas banais de TV, por exemplo], fazendo com que o cidadão comum se interesse apenas por fatos insignificantes. A exagerada concentração em fatos da crônica policial, dramatizada e manipulada, faz parte desse jogo.

2.Princípio do “problema-solução do problema”: a partir de dados incompletos ou incorretos ou manipulados inventa-se um grande problema para causar certa reação no público, com o propósito de que seja este o mandante (o solicitante) das medidas que se quer adotar [é preciso dar voz ao povo]. Um exemplo: deixa-se a população totalmente ansiosa com a notícia da existência de uma epidemia mortal (febre aviária, por exemplo), criando um injustificado alarmismo, com o objetivo de vender remédios que seriam inutilizados.

3.A estratégia da gradualidade: para fazer o povo aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la [e noticiá-la] gradualmente, a conta-gotas, por anos [ou meses ou dias] seguidos. É dessa maneira que se introduzem novas e duras condições socioeconômicas, em prejuízo da população. Tudo é feito e contado gradualmente, porque muitas mudanças juntas podem provocar uma revolução.

4.A estratégia do diferimento (adiamento): um outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular consiste em apresentá-la [ao público] como “dolorosa e necessária”, alcançando-se momentaneamente sua aceitação, para uma aplicação futura [“piano piano si va lontano”].

5.Comunicar com o público como se falasse a uma criança: quanto mais se pretende enganar o público, mais se tende a usar um tom infantil. Diversos programas ou conteúdos possuem essa conotação infantilizada. Por quê? Se nos comunicarmos com as pessoas como se elas tivessem 11 anos de idade, com base na sugestionabilidade elas tendem a responder provavelmente sem nenhum senso crítico, como se tivessem mesmo 11 anos de idade [as crianças não conseguem fazer juízos abstratos].

6.Explorar a emotividade muito mais que estimular a reflexão: a emoção, com efeito, coloca de escanteio a parte racional do indivíduo, tornando-o facilmente influenciável, sugestionável [essa é a grande técnica empregada pelo populismo demagogo punitivo].

7.Manter o público na ignorância e na mediocridade: poucos conhecem, ainda que superficialmente, os resultados já validados das ciências (criminais, médica, tecnológica etc.). [A manipulação fica facilitada quando o povo é mantido na ignorância; isso significa dizer não à escola de qualidade para todos].

8.Impor modelos de comportamento: controlar indivíduos enquadrados e medíocres é muito mais fácil que gerir indivíduos pensantes. Os modelos impostos pela publicidade são funcionais para esse projeto.

9.A autoculpabilização: todo discurso (midiática e religiosamente) é feito para fazer o indivíduo acreditar que ele mesmo é a única causa do seu próprio insucesso e da própria desgraça. Que o problema é individual e não tem nada a ver com o social. Dessa forma, ao contrário de se suscitar uma rebelião contra o sistema socioeconômico marginalizante, o indivíduo se subestima, se desvalora, se torna depressivo e até se autoflagela [assim é a vida no “vale das lágrimas”]. A culpa pelo desemprego, pelo não encontro de novo emprego, pelo baixo salário (neoescravizador), pelas condições deploráveis de trabalho, pelo insucesso escolar, pela precarização das relações trabalhistas, pela diminuição do salário-desemprego, pela redução das aposentadorias, pela mediocridade cultural, pela ausência de competitividade no mercado etc. É dele, exclusivamente dele, não do sistema.

10.Os meios de comunicação sabem mais de você que você mesmo: eles conhecem nossas preferências, fazem sondagens e pesquisas, diagramam nossas inclinações (mais liberal, mais conservador) e, mais que isso, sabem como ninguém explorar nossas emoções (sobretudo as mais primitivas). Não se estimula quase nunca a reflexão. O sistema manipula e exerce um grande poder sobre o público, muito maior que aquele que o cidadão exerce sobre ele mesmo. Faça bom uso desse decálogo.

Cf. CHOMSKY, Noam. “Ecco 10 modi per capire tutte le bugie che ci raccontano”, emLatinoamerica e tutti i sud del mondo,n. 128, 129 e 130. Roma: GME Produzioni, 2014/2015, p. 146-147.

 Midia-Crise

ExposicaoSambaPaulistaA Avenida Paulista deu passagem aos bambas do samba brasileiro com a exposição fotográfica Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba. A mostra faz parte da comemoração do Dia Internacional dos Trabalhadores promovida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT). Estão expostos 30 mega painéis, de 4m x 3m, com fotografias de grandes expoentes do samba e de momentos históricos em que o ritmo contribuiu de forma decisiva para traçar novos caminhos para o trabalhador brasileiro. A bateria da escola de samba Nenê de Vila Matilde animou quem passava para prestigiar a exposição que fica em cartaz até o dia 30 de maio.

Para o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, a exposição valoriza a cultura de nosso país. “Através do samba, são expressos os sentimentos do trabalhador, a sua luta e suas dificuldades. O ritmo foi fundamental para contar a história do povo. Temos certeza de que a UGT fez uma comemoração de 1º de Maio de luta: trazemos para os trabalhadores e trabalhadoras exemplos de que ficaram marcados na história”, declarou. 

A exposição

Quem passar pela Avenida Paulista, da rua Augusta até a Pamplona, por onde transitam 1,5 milhão de pessoas por dia, segundo o Instituto Data Popular, irá se deparar com mega painéis com grandes nomes do samba, como Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Nelson Cavaquinho, Zé Keti, Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Jorge Aragão, Chico Buarque, Donga, Noel Rosa, Tia Ciata, Jair Rodrigues, Clementina de Jesus, Martinho da Vila, Jackson do Pandeiro, Elza Soares, Aldir Blanc, Nara Leão, Paulo Vanzolini, Cartola, Wilson Batista, Eduardo Gudin, Nelson Sargento, Lupicínio Rodrigues, Ataulfo Alves, Renato Sorriso, o gari sambista do Rio de Janeiro, e também de momentos únicos do ritmo tão brasileiro. A produção da exposição é da Maná Produções e Eventos. Já a pesquisa da mostra ficou a cargo do jornalista Celso de Campos Jr – autor da biografia de Adoniran Barbosa – e a seleção de fotos da DOC Galeria, escritório de fotografia, dos sócios Fernando Costa Netto e Mônica Maia. A exposição tem apoio da Prefeitura de São Paulo e patrocínio da Petrobras, Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) – 40 anos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. 

Programação

E aos domingos também terá samba no pé. Vários grupos de samba irão se apresentar aos domingos, na Avenida Paulista, saudando esses importantes nomes da música brasileira. Já estão confirmados a cantora Adriana Moreira, que desde criança tem contato com o ritmo dos bambas e já fez parte de vários projetos ligados ao ritmo, e Chocolate, no dia 8, a partir das 14h;  no dia 15, também às 14h, a animação ficará a cargo de Dayse do Banjo e Amigas do Samba, uma roda de mulheres que busca incentivar e incluir a participação da mulher no samba; e no dia 22 haverá a bateria da escola de samba X9 Paulistana. 

A população pode fazer parte da exposição postando fotos nas redes sociais com a hashtag: #UGT100anosdosamba. 

SERVIÇO

Exposição – Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba

Quando: Até o dia 30 de maio

Onde: Avenida Paulista – São Paulo

 

O ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica concedeu entrevista a blogueiros e mídias alternativas em São Paulo. Atento ao cenário de golpe em curso no Brasil, Mujica alertou para o papel jogado pelos meios de comunicação: "A mídia expressa o poder das classes dominantes. O que percebo, no Brasil, é que os meios criam uma subconsciência nos cidadãos, colocando defeitos da sociedade brasileira e do sistema político como defeitos da esquerda".

mujicaDurante a entrevista, ocorrida na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e promovida em parceria com a Fundação Perseu Abramo, a Confederação Sindical das Américas (CSA) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ex-mandatário e atual senador do país vizinho traçou paralelo entre a mídia brasileira e a uruguaia."Também temos, no Uruguai, uma grande concentração nos meios, controlados por famílias muito poderosas", relata. "O maior jornal do país nunca se declarou contrário à ditadura. Hoje, até fala contra, mas apoiar causas de esquerda? Jamais". Por isso, em sua opinião, "é fundamental fortalecer os meios alternativos". 

Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, que define regras para impor limites ao poder dos grandes meios de comunicação e democratizar o setor, foi discutida, elaborada e aprovada sob a gestão de Mujica. Atualmente, sob a presidência de Tabaré Vázquez, a lei encontra-se estacionada. "Ela tem sido judicializada e acusada, em alguns trechos, de ser inconstitucional", explica Mujica - o expediente é praxe quando aprovada qualquer regulação que atinja o monopólio midiático no continente.

'Não há catástofe na América Latina'

Mujica avalia que o momento pelo qual passa a região é de refluxo, sob ofensiva conservadora, como nos exemplos mais emblemáticos de Brasil, Venezuela e Argentina. Apesar disso, o ex-presidente uruguaio não acredita que a derrota esteja consumada. "O momento é muito ruim, mas não há catástrofe na América Latina. Agora é tempo de lutar, não de buscar culpados", opina.

Segundo ele, analisar o avanço da direita no continente é uma questão de perspectiva. "Podemos nos perguntar sobre o crescimento deles, mas também podemos nos perguntar por que eles perderam tantas eleições na última década", sublinha. "No Brasil, aconteça o que acontecer, não se vai perder tudo. Não se pode perder tudo. A direita também tem de negociar".

Crise, integração e desenvolvimento

Para Mujica, a cooperação e a solidariedade entre os países da região são imprescindíveis para o crescimento econômico e o desenvolvimento social. "Em um mundo que se apresenta cada vez mais poderoso, a causa continental tem de ser a integração", argumenta. 

A grave crise econômica que se abate sobre o mundo na atualidade, em sua visão, é um "desborde" do capitalismo. "O capital financeiro precisa de especulação, de liberdade de movimento", explica, "e isso fere os processos de desenvolvimento econômico e produtivo dos nosso países". A integração é uma saída para esse quadro, conforme ele aponta: "Só a integração nos levará ao desenvolvimento. Integrar inteligências, conhecimentos, para que os homens da ciência, por exemplo, não tenham de ir pra fora".

Desmitificar para avançar

Famoso pela simplicidade no estilo de vida, Mujica também ganhou notoriedade ao enfrentar, enquanto presidente, temas polêmicos e caros às sociedades contemporâneas, como a maconha e o aborto. "É melhor trazer os problemas à luz da legalidade e tratá-los como questão de Estado do que impor repressão e criminalização", salienta o ex-mandatário. 

"O esforço do Estado enquanto ao aborto", explica, "não é só o de colocar condições para a sua realização, mas de não isolar e abandonar as mulheres uruguaias". Ele acrecenta, ainda, que não se trata de ser contra ou a favor. "Independente da posição, o problema segue existindo. E quem sofre mais são as mulheres pobres", defende.

Resistência contra o golpe

Sereno em sua análise sobre o golpe à democracia perpetrado no processo ilegal de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Mujica conclama os movimentos sociais brasileiros a não esmoecerem. "Nunca triunfamos em definitivo. Temos que ter uma humildade estratégica. Afinal, a sociedade é um acúmulo de contradições", reflete.

Quanto à demonização dos partidos e militantes de esquerda, produto da onda de ódio e intolerância desatada por setores da imprensa nos últimos anos, Mujica acredita que trata-se de um grande equívoco das pessoas em entenderem o sistema. "A classe média, em especial, parece não entendê-lo. Para uns, a culpa já foi dos judeus. Para outros, a culpa é dos trabalhadores, dos comunistas", diz.

Mujica sugere às esquerdas que lembrem de um termo muito importante, que por vezes é esquecido: a igualdade. "O que é ser de esquerda, afinal? É uma posição filosófica perante à vida, onde a solidariedade prevalece sobre o egoísmo", define. "Em momentos de tempestade, é preciso resistir. Não precisamos e nem devemos pensar igual, mas temos de estar juntos, em defesa das conquistas. É por isso que me solidarizo com vocês, brasileiros. Pois sou primeiro latino-americano e, depois, uruguaio".

Após três meses se estendendo da data-base da categoria (1º de janeiro), acompanhados de uma dose enorme de persistência - pelo lado dos trabalhadores, e de grande choradeira - pelo lado dos patrões, conquistas consideráveis (dentro de nossa realidade) foram alcançadas pelos Trabalhadores em Telemarketing e toda nossa categoria.

As negociações da Campanha Salarial 2016 se deram no contexto de um conjunto de incertezas, em que o patronal se pautou na negatividade nas discussões e dificultou ao máximo as tratativas durante todo o processo negocial, o que levou à extensão do período de negociações e a uma grande apreensão por parte da categoria.

Apesar do quadro negativo, a participação da categoria contribuiu para obtenção de resultados significativos e de grande relevância, como o reajuste no vale alimentação/refeição em 11,53%, com ganho real - para os trabalhadores de 36 horas semanais, a partir da assinatura da Convenção Coletiva.

O piso salarial destes trabalhadores foi reajustado em 11,26% (inflação do período) e, devemos ressaltar, ele será pago retroativo a nossa data-base (1º de Janeiro). E que para os demais trabalhadores, dos 2,82% apresentados pelo patronal, conquistamos 6%.

A reposição integral da inflação (11,26%) no piso salarial, elevando-o de R$ 800,00 para R$ 890,00, representou uma conquista importante.

O pagamento da PLR de R$ 209,00 no mês de abril é outra garantia, que consta na Convenção Coletiva de Trabalho. Vale lembrar, que os reajustes são retroativos à data-base, ou seja, valem a partir de 1º de janeiro e que as diferenças serão pagas pelas empresas no próximo holerite.

O Sintratel realizou diversas Assembleias durante o processo negocial, consultando os trabalhadores sobre as propostas e para o encaminhamento nas negociações, e para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho 2016.

Confira AQUI a Convenção Coletiva de Trabalho 2016 na íntegra

Confira AQUI a ratificação da Cláusula 44 da Convenção, que saiu com erro na original.

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