Quando se trata de comércio eletrônico internacional, o brasileiro não dispensa um negócio da China. Uma pesquisa divulgada pela startup de pagamentos Ebanx mostra que o site internacional de compras mais popular do País é o AliExpress, marca que pertence à gigante chinesa Alibaba. Em 2018, 23,9% das compras onlines feitas em sites estrangeiros por brasileiros foram na AliExpress.
Em segundo lugar, aparece o Wish, empresa com sede em São Francisco (EUA), mas com uma oferta grande de produtos chineses, como eletrônicos, roupas e produtos de beleza. Entre os consumidores brasileiros, 23,8% compraram no Wish nos últimos 12 meses. Os dois sites batem compras online de marcas tradicionais dos EUA, como Nike (18,2%), Amazon (18%) e Apple (9,4%). A pesquisa foi feita com 3 mil pessoas.
"Os sites que trabalham com vendedores chineses adaptaram sua experiência para o consumidor brasileiro. De mix de produtos a formas de pagamentos, AliExpress e Wish são brilhantes na hora de entender os hábitos dos consumidores", diz André Boaventura, sócio e diretor de marketing do Ebanx.
A preferência pode ser explicada por outros fatores do comportamento de compras - 48,1% consideram o preço como fator determinante para a compra. AliExpress e Wish são conhecidos por preços baixos. Em apenas uma semana em junho, o AliExpress vendeu 6 mil smartphones, 35 mil smartwatches e 25 mil fones de ouvido sem fio no Brasil.
Nem os prazos de entregas, normalmente mais longos quando comparados a sites nacionais, intimidam os consumidores: 52,2% sabem que sites internacionais têm prazos mais longos. A pesquisa mostrou que 38,1% dos consumidores aceitam até 30 dias de prazo, enquanto 28,6% não têm problemas com prazos de até 45 dias.
As preferências do consumidor se refletem em esforços recentes do AliExpress, que anunciou em maio uma modalidade de serviço para reduzir o tempo de entregas no Brasil para menos de um mês - o AliExpress Premium Shipping promete fazer o tempo de entregas cair para entre 22 e 28 dias.
Quando os prazos não são cumpridos, os consumidores tendem a culpar a logística e a taxação do País: 53,1% culpam os Correios, enquanto 38% apontam a Receita Federal como problema. As lojas só levam a culpa para 26,4% das pessoas.
Fonte: Terra