Estudo que avalia desigualdade na 1ª infância na capital paulista apontou grande diferença na mortalidade infantil entre bairros nobres e periféricos

O número de registros de violência sexual contra crianças subiu 47% em São Paulo em dois anos, como aponta o Mapa da Desigualdade Infantil 2020, divulgado nesta quarta-feira (12). Em 2016, ano da primeira edição do estudo, foram 433 casos registrados. Em 2018, 637.

A pesquisa, voltada à primeira infância, mostra a discrepância entre as áreas nobres e as periféricas de São Paulo, e consiste no levantamento de uma série de indicadores de cada um dos 96 distritos da capital, com dados fornecidos pela prefeitura. Para os índices avaliados, o estudo calcula também o ‘desigualtômetro’, que determina a distância entre o melhor e o pior indicador em cada distrito.

O número de crianças que são fruto de gravidez na adolescência é exemplo da desigualdade apontada pelo estudo: em Marsilac, no extremo sul da cidade 18,9% dos nascidos vivos têm mães com idade inferior a 19 anos. Já em Moema, área nobre da zona oeste paulistana, a porcentagem é de 0,4%.

Outro número de destaque é do índice de mortalidade infantil (mortes de bebês de até um ano para cada mil nascidos vivos). Crianças de até um ano de idade tem 23 vezes mais chances de morrer em Marsilac (24,6), na zona sul, do que em Perdizes (1,1), região oeste cidade.

Fonte: R7