Na quinta-feira (28/01) aconteceu a segunda rodada das Negociações da Campanha Salarial 20/21 entre o Sintratel (Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing de São Paulo) e o Sintelmark (Sindicato Patronal).
Na ocasião, o patronal se superou e trouxe sua proposta referente às cláusulas econômicas diante da pauta de reivindicações que apresentamos.
Porém, a devolutiva não foi nada palatável.
Frente aos 5,26%, baseados no INPC, que pedimos, ofereceram 4,52%, número do IPCA.
Não fosse a diferença de 0,74%, para agravar ainda mais a proposta ofereceram a aplicação do reajuste a partir de julho deste ano. O que acarretaria uma perda de 6 meses nos salários da categoria.
Sabemos que o momento conjuntural com o difícil período econômico que o país atravessa, somado a realidade que a Pandemia traz ao cenário não é nada fácil. Mas também temos que levar em consideração o aumento do fator alimentação, que nesse momento é tão caro à vida dos trabalhadores.
Diante desse quadro, a necessidade de recompor nesse momento o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras é primordial.
Sendo assim, diante desta proposta, o Sintratel, colocou de imediato sua negativa e reiteramos nosso compromisso em buscar uma proposta positiva à esta equação que o cenário nos apresenta. Mas aguardamos uma proposta que seja compensatória aos trabalhadores e trabalhadoras.
Além das questões econômicas foi reforçada a necessidade da regulação do home office nos Contact-centers e a ratificação da redação da Convenção Coletiva.
Vale lembrar, que após a realização das Assembleias virtuais de consulta aos trabalhadores e trabalhadoras foi aclamado que o reajuste salarial deve acompanhar os índices inflacionários atualizados.
Já que estes índices sofreram aumentos consideráveis nos últimos 2 meses do ano (2020) elevando o número, inicialmente estipulado (3,49%) em novembro, para 5,26% de acordo com o INPC. Mesmo índice que reajustou o salário mínimo nacional para R$1.100,00.
"Garantir o resgate do poder de compra dos trabalhadores é fundamental nessa negociação. Não somos intransigentes, mas esperamos que o patronal seja, no mínimo, respeitoso com a necessidade dos que estão na linha de frente dos contact-centets. Retroativo à 1° de janeiro, já que esta é nossa database", destacou, Marco Aurélio C. de Oliveira, Presidente do Sintratel-SP.
Que acrescentou, “garantir a reposição da inflação é o mínimo que o patronal pode fazer para melhorar o poder de compra da categoria, que deve estar cada vez mais mobilizada e organizada, para que nossa luta seja exitosa e, assim, recompor as perdas do último período aos salários e benefícios dos trabalhadores e trabalhadoras em Telemarketing."