Os dados, divulgados nesta terça-feira (24), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A maioria dos reajustes salariais no país, considerando o período entre janeiro e outubro deste ano, resultou em ganhos acima da inflação, os chamados ganhos reais. Em 41% das negociações houve reajustes superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os dados, divulgados nesta terça-feira (24), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o levantamento, 18,3% dos reajustes trouxeram ganhos de até 0,5%; 12,8% tiveram ganhos entre 0,51% e 1%; 6,6%, ganhos de 1,1% a 2%; e 3,3% ganho real acima de 3%. Os reajustes iguais ao INPC foram observados em 31% das negociações; e em 28% ficaram abaixo da inflação medida pelo índice.
Em outubro, 48,3% dos reajustes salariais com data-base no mês ficaram abaixo do INPC. O percentual de reajustes iguais à inflação atingiu o patamar de 20,7%, enquanto 31% das negociações trouxeram aumentos reais. Ante uma inflação de 3,89% nos 12 meses anteriores, o percentual de reajustes iguais a 0%, ou seja, a manutenção do salário sem acréscimo nenhum atingiu o patamar de 12,1% das negociações. É a terceira maior incidência no ano, atrás somente de maio (16,4%) e julho (12,6%).
Desde o início do ano, 676 negociações não tiveram reajustes, o que representam cerca de 9% do total. Para comparação, em 2019 foram observadas 39 negociações sem reajustes salariais, o que corresponde a 0,3% do total analisado no ano.
Fonte: Agência Brasil