Em fevereiro, o indicador de Bem-Estar Financeiro apontou que 64% dos brasileiros vivem no limite do orçamento, ou seja, raramente ou nunca têm dinheiro sobrando. Enquanto 26% conseguem, às vezes, ter uma reserva e apenas 9% afirmam que frequentemente contam com alguma sobra. Além disso, 27% temem que o dinheiro não dure até o fim do mês.Os dados foram divulgados ontem pela Confederação de Dirigentes Logistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 

 

Outro dado mostra que somente 10% estão preparados para lidar com imprevistos. Seis em cada dez (64%) não possuem capacidade de lidar com despesas inesperadas. O nível de bem-estar financeiro de cada consumidor varia de acordo com respostas dadas em dez questões que avaliam os hábitos, costumes e experiências com uso do dinheiro. 

 

Numa escala que varia de zero a 100, quanto mais próximo de 100, maior o nível médio de bem-estar financeiro da população; quanto mais distante de 100, menor o nível.Em fevereiro de 2019, o indicador ficou estável ao marcar 48,3 pontos — muito próximo do índice observado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 48,5 pontos. “Quanto à conjuntura, o consumidor não viu grande melhora, já que a queda no nível de desemprego e o aumento da renda continuam sendo pouco expressivos. Além disso, os aspectos comportamentais, que têm peso importante no bem-estar financeiro, também levam algum tempo para mudar”, diz a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

 

O compromisso com os objetivos financeiros também pesam no bem-estar financeiro das pessoas. Nesse pilar, os consumidores brasileiros mostram-se pouco atentos ao futuro: 55% não têm adotado ações que assegurem o futuro financeiro. Os números também apontam que 54% admitem não aproveitar a vida pela forma com que administram o dinheiro, enquanto 29% não conseguem viver plenamente em razão de sua atual condição financeira.

 

Fonte: Jornal DCI