Número representa 26,2% dos que procuram trabalho. Segundo o IBGE, esses números são os maiores para um trimestre desde 2012.

Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira

 

Dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 3,347 milhões de desempregados procuram emprego há pelo menos 2 anos. Esse universo representa 26,2% (cerca de 1 em cada 4) dos desempregados no país no 2º trimestre.

 

Segundo o IBGE, esses números são os maiores para um trimestre desde 2012. No 1º trimestre, eram 3,319 milhões de brasileiros nessa situação, que representavam 24,8% do total.

 

Em um ano, houve acréscimo de 196 mil pessoas (alta de 6,2%) que estão à procura de emprego há dois anos ou mais.

 

"Esse total era de 1,435 milhões de pessoas em 2015, um indicador com tendência de crescimento em função da dificuldade da inserção no mercado de trabalho a partir do início da crise econômica, em finais de 2014", destacou o IBGE.

 

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Segundo a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy, a proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas têm crescido nos mais longos. Ou seja, quanto mais tempo desempregado, mais difícil voltar. "Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, avaliou.

 

A taxa de desemprego média no país recuou para 12% no 2º trimestre, ante 12,7% no 1º trimestre, conforme já divulgado anteriormente pelo órgão, mas ainda atinge 12,8 milhões de brasileiros.

 

 

Do total de desempregados, a maior fatia (45,6% ou 5,823 milhões) procura trabalho há mais de 1 mês e menos de 1 ano, 1,807 milhão (14,2%) há mais de 1 ano e menos de 2 anos e 1,789 milhão (14%) há menos de 1 mês.

 

O elevado tempo de procura por emprego é um dos fatores que ajudam a explicar a alta do número de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego). No segundo trimestre, eram 4,9 milhões de brasileiros nessa situação. Os maiores contingentes de desalentados estão na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil).

 

Fonte: G1