Mundo Sindical

Quem entra na sala do presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, se depara com um busto em madeira de Getúlio Vargas. Foi Getúlio quem criou o Ministério do Trabalho, chamado “ministério da Revolução”, tendo em vista o movimento revolucionário vitorioso de 1930, do qual o gaúcho foi comandante.

Patah defende a volta do Ministério, desfeito por Bolsonaro em seu primeiro dia de governo, em 2019. “O Brasil precisa de um Ministério do Trabalho com força política, prestígio, recursos e quadro adequado de Servidores”, argumenta o sindicalista, que também preside a União Geral de Trabalhadores – UGT.

Para o líder ugetista, “o imenso e recente assédio eleitoral sobre trabalhadores de Norte a Sul do Brasil, pra que votassem em Bolsonaro, não teria ocorrido com um Ministério forte, capaz de mediar, fiscalizar a punir maus empresários”.

A recriação da Pasta do Trabalho “é pleito de todas as Centrais e do sindicalismo, até porque seu desmonte ampliou os abusos, inclusive com crescimento do trabalho análogo à escravidão”, diz Ricardo Patah. Atualmente têm acontecido muitos acidentes de trabalho e o arremedo de Ministério não dispõe de agentes fiscais pra inspecionar os ambientes de trabalho.

Formação – No entender de Patah, “um Ministério do Trabalho forte também seria um fórum permanente de diálogo sobre os desafios do mercado de trabalho, ante as novas tecnologias”. Ele completa: “Também vejo como papel desse Ministério a formação profissional e a requalificação da mão de obra”.

 

 

Fonte:  Agência Sindical - 04/11/2022

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