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Representantes do Sindicato se reuniram com o prefeito da cidade de São Paulo e apresentaram uma proposta de parceria para combater o desemprego e resgatar a dignidade de quem vê o ingresso ao mercado de trabalho apenas como um sonho.

BrunoCovas Reuniao 17 5 18 Site MarcoPara Marco Aurélio, Presidente do Sintratel, "Esse projeto é de suma relevância visa, além de capacitar trabalhadores, qualificar pessoas para o mundo do trabalho, resgatando a cidadania, trazendo noções de direito e possibilitando que vivenciem experiências que possam usar em suas vidas profissionais, seja em qual setor estiverem atuando".O Sintratel, Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing, através do seu presidente, Marco Aurélio Coelho de Oliveira, foi recebido pelo prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas. Na pauta estava a apresentação de um projeto de qualificação e inserção, direcionado à inclusão de jovens no mercado de trabalho. 

BrunoCovas Reuniao 17 5 18 Site 1Da esquerda para a direita, Valmira L. da Silva e Marco Aurélio, do Sintratel, o prefeito Bruno Covas, o advogado do Sintratel Ricardo Yamazaky e a Secretária do Trabalho e Empreendedorismo, Aline CardosoA reunião também contou com a presença da Secretária do Trabalho e Empreendedorismo, Aline Cardoso, assim como, da diretora do sindicato, Valmira L. da Silva, que fez a apresentação do projeto, destacando sua importância, nesse momento de desemprego tão alto, principalmente para a juventude, para as mulheres e todas as populações em situação de vulnerabilidade. 

"Temos que dar resposta direta a esta situação que estamos presenciando, onde BrunoCovas Reuniao 17 5 18 Site 2Valmira e Marcísio Moura, do Sintratel, com o prefeito Bruno Covasdiversas pessoas se encontram, muitas vezes, sem quaisquer perspectivas, autoestima e direcionamento", concluiu Valmira, sobre a gravidade do momento que a cidade atravessa, como em todo o país.

"Esse projeto é de suma relevância visa, além de capacitar trabalhadores, qualificar pessoas para o mundo do trabalho, resgatando a cidadania, trazendo noções de direito e possibilitando que vivenciem experiências que possam usar em suas vidas profissionais, seja em qual setor estiverem atuando", ressaltou Marco Aurélio. Ele acredita que as empresas também devem aderir ao programa e cumprir sua cota social.

"Quando iniciamos o projeto?", indagou sua secretária o prefeito Bruno Covas, que destacou a necessidade de intervenções através de parcerias como estas, sinalizando o compromisso e a real relevância destas ações, tanto para os seus munícipes, quanto para uma cidade mais humana, "que resgate a dignidade de quem já não tem essa percepção", arrematou o anfitrião.       

Nesse momento tão adverso, esse é o tipo de ação que as entidades devem tomar, e o Sintratel cumpre seu papel idealizador e assume sua responsabilidade social. Vocação que possui e exercita na prática.

Ao final ficou estabelecido que os envolvidos realizarão algumas reuniões de trabalho para azeitar o projeto, com a proposta inicial de colocá-lo em execução a partir de julho de 2018.

 

 

O Acordo Coletivo foi fechado com anuência dos trabalhadores em assembleia realizada no dia 23 de maio.

Os principais itens desse acordo são:

Da compensação de jornada, conseguimos validar o aceite da declaração de horas pela empresa e, ainda, a compensação das horas negativas não abonadas pela declaração;

Do saldo de horas negativas, foi firmado em assembleia que, em caso de dispensa sem justo motivo, havendo saldo negativo, este não será descontado da rescisão (ou seja, o trabalhador fica isento);

Da Jornada 7.12, a possibilidade de redução do intervalo intra-jornada para até 30 minutos conforme previsto no artigo 611-B III da CLT, mediante solicitação do trabalhador com validade de 90 dias podendo ser renovada somente por manifestação formal do trabalhador.

O Sintratel em defesa dos direitos da categoria, sempre!

 

Na foto, o Presidente do Sintratel, Marco Aurélio C. de Oliveira, entrega propostas de projetos em favor da categoria ao Deputado Federal Orlando Silva, em reunião no Sindicato em março de 2017 - Um deles era a desoneração da folha para o setor.

 

A Câmara dos Deputados aprovou projeto reduzindo de 56 para 28 o número de setores com desoneração da folha de pagamento. Com isso, apenas 28 setores continuariam “desonerados”, ou seja, contribuindo para o INSS com base na receita bruta com uma alíquota de 2%. Os outros 28 voltariam a contribuir com 20% sobre a folha de pagamento.

O projeto foi aprovado com urgência no Senado. Mas no dia 31 de maio, após a greve dos caminhoneiros, Michel Temer sancionou o projeto com veto a mais 11 setores. Para contemplar o setor de transporte de cargas, deixou apenas 17 contemplados, com o setor de telemarketing/call center entre eles.

A diferença de 2% para 20% é substancial. Gastando menos, o setor pode manter investimentos e a geração de emprego. O que não pode acontecer é os empresários receberem o benefício e o usarem para manter suas taxas de lucro sem contrapartida social, com investimento na geração de serviço e emprego.

O Sintratel tem apoiado diretamente esta iniciativa sob a condição de compromisso com essa contrapartida pelos empresários.  "Sem o compromisso de gerar empregos e promover a inclusão do jovem, não há sentido numa desoneração, pois beneficiaria apenas um dos lados, e quem mais está vulnerável neste momento de crise é o trabalhador ", ressalta o presidente do Sintratel, Marco Aurélio Coelho de Oliveira.

Nesse sentido, a Diretoria do Sintratel vem dialogando há um bom tempo com o Deputado Federal Orlando Silva, um aliado importante do Sindicato para o encaminhamento de demandas da categoria na Câmara dos Deputados e de ais espaços políticos.

Esse diálogo resultou no empenho do Deputado para o setor de telemarketing ser mantido entre os 28 beneficiados com a desoneração da folha.

Seus argumentos convenceram os demais parlamentares de que esse setor é um dos mais importantes para geração de empregos no país atualmente. Além disso ele emprega sem discriminação de sexo, gênero, idade e raça, sendo uma das mais importantes portas para o mercado de trabalho a jovens trabalhadores, uma das camadas mais afetadas nesse período de crise e recessão econômica, e de oportunidade para a população LGBT.

Além do telemarketing, mantiveram o benefício setores como transporte de passageiros (transporte rodoviário, rodoviário de carga e metroviário), comunicação, construção civil, têxtil, calçados e máquinas e equipamentos. O projeto prevê que o benefício da desoneração da folha acabará em 2020 para todos os setores.

Shell, ExxonMobil, Chevron, BP Energy, Petrogal, Statoil (estatal norueguesa) foram as vencedoras da 4ª rodada de licitação do pré-sal, que aconteceu no dia 7 de junho no Rio de Janeiro; governo Temer prossegue liquidação do patrimônio nacional a preço de banana; leilão envolveu quatro áreas nas bacias de Campos e Santos, mas uma delas não teve interessados; Petrobras foi derrotada no leilão de duas áreas; leilão levantou R$ 3,15 bilhões, abaixo do valor mínimo de R$ 3,2 bilhões estipulado pelo governo.

PreSal 2O petóleo do Pré-Sal tem que ser 100% nosso, para baratear os combustíveis e gerar receitas para saúde, educação, moradia e demais áreas sociais, e não ser entregue a empresas estrangeirasShell, ExxonMobil, Chevron, BP Energy, Petrogal, Statoil (estatal norueguesa) foram as vencedoras da 4ª rodada de licitação do pré-sal, que aconteceu nesta manhã (7) no Rio de Janeiro. Governo Temer prossegue liquidação do patrimônio nacional a preço de banana. O leilão envolveu quatro áreas nas bacias de Campos e Santos, mas uma delas não teve interessados. A Petrobras foi derrotada no leilão de duas áreas  O leilão levantou R$ 3,15 bilhões, abaixo do valor mínimo de R$ 3,2 bilhões estipulado pelo governo. O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) tentou sem sucesso impedir o leilão com uma ação na Justiça, demonstrando como estes valores pelas áreas em oferta está muito aquém do potencial a ser explorado.

Na abertura do leilão, foi anunciado que o governo Temer já estaria organizando a entrega de outras áreas às petroleiras internacionais em 2019, 2020 e 2021. Soou como uma promessa vinculada à continuidade dos governos de direita no país. Um dos momentos mais constrangedores doa manhã foi o discurso do ministro das Minas e Energia, Moreira Franco, um dos braços direitos de Temer, seguidamente acusado de corrupção. A última denúncia veio à luz nesta manhã: o "gato angorá", como Moreira Franco é conhecido, foi acusado pelo empreiteiro José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, em depoimento à PF, de ter exigido propina para garantir os os negócios da construtora no setor de aviação civil quando Moreira Franco chefiava a pasta da Aviação Civil.

As áreas arrematadas foram:

Uirapuru (Santos): consórcio vencedor ExxonMobil, Petrogal, Statoil (estatal norueguesa) 

Três Marias (Santos): consórcio vencedor Chevron e Shell

Itaimbezinho (Campos): não houve ofertas

Dois Irmãos (Campos): consórcio vencedor Statoil e BPN Energy

A Petrobras entrou pela porta dos fundos nos consórcios vencedores, exercendo o direito de preferência garantido por lei, com participação de 30%.

16 empresas estavam habilitadas a participar do leilão. Entre elas estão as maiores do setor de petróleo e gás no mundo, sendo duas brasileiras. Das habilitadas, apenas duas (DEA Deutsche Erdoel AG e Petronas Carigali SDN BHD) não têm contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

Fonte: Brasil 247

Em países periféricos como o Brasil, a ignorância é mantida por interesse das classes dominantes, porque serve para promover a apatia da população – e, como consequência, a pobreza se perpetua como eficaz instrumento de dominação.

A educação é, portanto, um antídoto para combater os males sociais e políticos vistos hoje no Brasil, como a falta de compromisso dos governantes com o povo que o elegeu, e a corrupção ligada aos recursos e benesses oferecidos pelas pelas empresas, para que os políticos aprovem e encaminhem o que a elas interessa.

O combate ao desemprego passa também pela educação. É lógico que precisa haver desenvolvimento econômico e social, a partir de um governo progressista, para haver pleno emprego. Mas a educação faz a diferença na hoa de acessar esses empregos e alcançar os melhores postos.

Por isso o Sintratel oferece inúmeros convênios com descontos e facilidades substanciais para os filiados cursarem uma faculdade.

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A pobreza como forma de dominação

Em seu magistral livro, O Capital no Século XXI, o economista francês Thomas Piketty afirma que uma das maneiras de diminuir o enorme abismo entre ricos e pobres, além da óbvia taxação das fortunas, é a disseminação do conhecimento.

ignorância revela-se como uma trava ao desenvolvimento, tanto pessoal quanto coletivo, impedindo uma melhor distribuição da renda. Em países periféricos como o Brasil, no entanto, a ignorância é mantida porque serve para promover a apatia da população – e, como consequência, a pobreza se perpetua como eficaz instrumento de dominação.

O valor do salário-mínimo, R$ 954, estabelecido pelo presidente não eleito, Michel Temer, representa um aumento de 1,8% em relação ao piso anterior, de R$ 954, o que não corrige nem mesmo as perdas para a inflação, que deve fechar o ano em torno de 2,8%. Segundo a Constituição de 1988, o salário-mínimo deveria ser capaz de atender “às necessidades vitais básicas” do trabalhador “e de sua família” com “moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”.

Ora, apenas a cesta básica – o item “alimentação” – custava, em novembro, entre R$ 327,85 (a mais barata, em Recife) e R$ 444,16 (a mais cara, em Porto Alegre), conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Para cumprir a lei, o valor do salário-mínimo – pensando numa família composta por quatro pessoas – deveria ter sido, naquele mês, de R$ 3.731,39 – equivalente a quase quatro vezes o valor estipulado para este ano.

Entretanto, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca da metade dos trabalhadores brasileiros sequer recebe um salário-mínimo por mês. Realizada a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), dos 88,9 milhões de trabalhadores ocupados em 2016, 44,4 milhões recebiam, em média, o equivalente a 85% do valor do salário-mínimo vigente, ou seja, R$ 747. Por outro lado, 889 mil pessoas (1% do total da população empregada) recebia, em média, R$ 27 mil mensais. Por isso, ocupamos o vergonhoso 10º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo...

E mais: a miséria está voltando a patamares anteriores ao início da nossa crise econômica. O documento Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE, mostra que, em 2016, o número de brasileiros vivendo com rendimentos mensais abaixo de ¼ do salário-mínimo havia aumentado 53% em comparação com 2014, alcançando 24,8 milhões de pessoas, ou seja, 12,1% do total da população vivem na “pobreza extrema”. E a desigualdade social também discrimina por cor: entre os 10% da população com os menores rendimentos, 78,5% eram pretos ou pardos.

Em setembro, a Polícia Federal descobriu, num apartamento em Salvador, dezenas de caixas contendo um total de R$ 51.030.866,49, que, acusa, pertencem ao ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Michel Temer, ex-ministro da Integração Nacional de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal no governo Dilma RousseffGeddel Vieira Lima. Este dinheiro seria suficiente para remunerar 53.491 trabalhadores que recebem um salário-mínimo por mês! Infelizmente, o caso de Geddel é apenas uma ínfima amostra do quadro de total descalabro em que se encontra o Brasil.

Em março de 2010, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou o documento “Corrupção: custos econômicos e propostas de combate”, que calculava em 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) o custo médio anual da corrupção. O relatório concluía que “o custo extremamente elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento da renda per capita, o crescimento e a competitividade do país, compromete a possibilidade de oferecer à população melhores condições econômicas e de bem-estar social e às empresas melhores condições de infraestrutura e um ambiente de negócios mais estável”.

má qualidade da nossa educação – ocupamos o penúltimo lugar no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – explica a nossa alienação em relação às questões coletivas: sem acesso ao conhecimento temos dificuldade de compreender o mundo e, por consequência, de tentar mudar a realidade à nossa volta. Assim também a pobreza. Uma população premida por solucionar cotidianamente questões primárias de sobrevivência individual – comida e teto – e que não alimenta a menor esperança de que amanhã será um dia melhor, não tem energia para despender na resolução de problemas coletivos. Junte-se a isso a total desmoralização da classe política e do Poder Judiciário, e o resultado é esse que estamos assistindo: o desdém pelas próximas eleições.

Como escreveu o grande escritor Machado de Assis, a respeito do Brasil, em crônica de 29 de dezembro de 1861: “O país real, esse é bom, revela os melhores instintos; mas o país oficial, esse é caricato e burlesco”...

O Sintratel realizou uma assembleia junto aos trabalhadores(as) da empresa CSU Barueri, onde esteve em pauta o Acordo Coletivo dos Trabalhadores (ACT) 2017/2018. 

Na ocasião foram aprovados diversos temas de grande importância ao cotidiano dos trabalhadores da CSU, que vão desde a concessão de diversos benefícios ao pagamento da PLR, estabelecidos pelas convenções 2017 e 2018.

A presença dos trabalhadores foi imprescindível para aprovação de temas que ampliam e melhoram seu ambiente de trabalho, e além de tudo, puderam colocar seus pontos de vista sobre os assuntos debatidos na referida assembleia.

A organização dos trabalhadores comprova o êxito de nossa luta, e esse é o caminho para obter melhorias nas condições de trabalho e ambientes mais dignos, como podem ser constatado abaixo: 

a) Compensação de Jornada com ampliação da idade de filho menor de até 12 anos para acompanhamento em internações, consultas e/ou retorno medico;

b) Regulamentação da Escala de Revezamento com a garantia de folga quinzenal aos domingos para mulheres;

c) Regulamentação do Controle de Ponto Eletrônico;

d) Garantia de prorrogação do período de gozo de férias aos trabalhadores que tenham dias já compensados;

e) Reafirmação da estabilidade à gestante de 60 dias;

f) Reafirmação da Licença Paternidade;

g) Refeição in natura (restaurante) para trabalhadores com intervalo de 60min e VR aos trabalhadores com intervalo de 20min com melhoria nos cardápios da lanchonete;

h) Ação de Campanha do dia da mulher com premiações especiais só para mulheres em comemoração ao Dia 08/03/2018.

CSU Assembleia Site 1

A disparada dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel não pode ser tratada como uma questão apenas de tributação. É, acima de tudo, um problema de gestão da Petrobrás, que vem sendo administrada para atender exclusivamente aos interesses do mercado.

Com o aval do governo Temer, o presidente da empresa, Pedro Parente, adotou em outubro de 2016 uma política de preços internacionais para os derivados produzidos pela estatal, sem estabelecer qualquer mecanismo de proteção para o consumidor. A FUP denunciou na época que quem pagaria a conta seria o povo brasileiro e que o País estaria refém das crises internacionais de petróleo.

Mesmo sabendo das consequências, Temer e Parente optaram por satisfazer o mercado e, em julho do ano passado, os reajustes nas refinarias passaram a ser diários. Desde então, a Petrobrás alterou 230 vezes os preços nas refinarias. Isso resultou em aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste.

Não adianta, portanto, reduzir os impostos, que o governo já havia aumentado em 100% no ano passado, se não houver uma mudança estrutural na gestão da Petrobrás. Os combustíveis continuarão subindo de forma descontrolada, enquanto o principal foco do problema não for atacado.

O alinhamento internacional dos preços de derivados faz parte do desmonte da Petrobrás. O objetivo é privatizar as refinarias, os dutos e terminais, assim como já ocorreu com os campos do Pré-Sal, gasodutos, subsidiárias, entre dezenas de outros ativos estratégicos da estatal. Para facilitar a entrega, Pedro Parente, subutilizou o parque de refino e passou a estimular a importação de derivados por empresas privadas.

Em 2013, a Petrobrás tinha capacidade de atender 90% da demanda interna de combustíveis. Em 2017, esse percentual caiu para 76%. Algumas refinarias já operam com menos da metade da capacidade de produção, como é o caso da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, uma das quatro unidades que Parente colocou à venda.

Beneficiadas por essa política, as importadoras de combustíveis fazem a festa. Os derivados importados já representam 24% do mercado nacional. Ou seja, a cada 10 litros de gasolina vendidos no Brasil, 2,5 litros são importados. Enquanto isso, a Petrobrás está sendo reduzida a uma mera exportadora de petróleo, quando poderia abastecer integralmente o País com diesel, gasolina e gás de cozinha a preços bem abaixo do mercado internacional.

Pedro Parente, que no inicio dos anos 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso, ficou conhecido como o ministro do apagão, de novo criou uma armadilha para o povo. Com a enxurrada de importação de combustíveis, ficará mais difícil controlar os preços, pois, sem a paridade internacional, as importadoras saem de cena, deixando o prejuízo para a Petrobrás. Se a estatal não voltar a ocupar lugar de destaque no refino e na distribuição de derivados, ficará cada vez mais refém dos preços internacionais.

Estamos, portanto, diante de mais um apagão imposto por Pedro Parente. Um desmonte que a mídia esconde, fazendo a população pensar que a disparada dos preços dos combustíveis é apenas uma questão de tributação.

Por isso os petroleiros farão a maior greve da história da Petrobrás. Uma greve que não é por salários, nem benefícios. Uma greve pela redução dos preços do gás de cozinha, da gasolina e do diesel. Uma greve pela retomada da produção de combustíveis nas refinarias brasileiras e pelo fim das importações de derivados de petróleo. Uma greve contra o desmonte da empresa que é estratégica para a nação.

Porque defender a Petrobrás é defender os interesses do povo brasileiro.

FUP – Federação Única dos Petroleiros

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