O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sintratel) manifesta seu descontentamento com a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano. Consideramos essa decisão um verdadeiro desserviço ao desenvolvimento do país, que continua beneficiando apenas o mercado especulativo, enquanto prejudica a população trabalhadora e os setores produtivos.
Manter a Selic em 10,5% ao ano, uma das taxas de juros mais altas do mundo, é um obstáculo intransponível para o crescimento econômico do Brasil. Essa decisão favorece exclusivamente a especulação financeira e o rentismo, em detrimento da produção e do consumo, que são os verdadeiros motores da economia. O resultado é um país estagnado, onde a falta de crédito acessível para pequenas e médias empresas impede a criação de empregos e o investimento em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
A alta taxa de juros também contribui para aumentar o custo da dívida pública, desviando recursos que poderiam ser aplicados em serviços essenciais para a população. Isso cria um ciclo vicioso de estagnação econômica e social, penalizando principalmente os mais pobres.
Autonomia do Banco Central: Independência ou Captura Partidária?
Uma das questões centrais que o Sintratel levanta é a real autonomia do Banco Central, que deveria atuar de forma independente para garantir a estabilidade econômica do país. No entanto, sob a liderança de um presidente com fortes vínculos partidários, essa independência está seriamente comprometida.
O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é amplamente conhecido por sua aliança com grupos políticos que não se limitam a fazer oposição, o que é uma prática saudável e necessária em uma democracia. Ao contrário, esses grupos estão empenhados em uma campanha de boicote ao governo, propagando mentiras e fazendo de tudo para prejudicar o desenvolvimento do Brasil.
A oposição política desempenha um papel crucial na democracia, pois seu papel é fiscalizar, criticar construtivamente e propor alternativas. No entanto, o que observamos hoje é uma oposição que ultrapassa os limites do bom senso, utilizando a autonomia do Banco Central como uma ferramenta de sabotagem contra as políticas governamentais que visam o crescimento e a justiça social.
Essa oposição irresponsável está focada em manter uma taxa de juros alta para desestabilizar a economia, impedindo que o governo avance em suas políticas de redução da desigualdade e de incentivo ao desenvolvimento econômico. Ao propagar desinformação e criar um ambiente de insegurança econômica, esses grupos políticos prejudicam diretamente milhões de brasileiros que dependem de um crescimento econômico sólido para melhorar suas condições de vida.
A Luta do Sintratel por um Brasil Justo
O Sintratel, enquanto representante dos trabalhadores e trabalhadoras em telemarketing, exige uma política monetária que coloque os interesses do país e da população em primeiro lugar. Defendemos uma redução significativa da taxa de juros, que permita o crescimento econômico sustentável e a inclusão social.
É inadmissível que o Banco Central, uma instituição que deveria zelar pelo bem-estar econômico do país, continue sendo utilizado como um instrumento político para favorecer interesses particulares. A manutenção de uma taxa de juros tão alta é uma clara demonstração de como a autonomia do Banco Central está sendo deturpada para atender a agendas políticas e econômicas que não correspondem aos interesses da nação.
A manutenção da Selic em 10,5% ao ano é um reflexo de uma política monetária que favorece poucos em detrimento de muitos. O Sintratel continuará a lutar contra essa decisão e a questionar a autonomia do Banco Central, que atualmente está comprometida por interesses políticos partidários. É fundamental que o Brasil adote uma política de juros que promova o desenvolvimento econômico, a geração de empregos e a inclusão social. Somente assim poderemos construir um país mais justo e próspero para todos.
Marco Aurélio
Presidente do Sintratel