Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, celebramos muito mais do que um feriado. Celebramos a história de luta, resistência e conquistas de uma classe que construiu – e continua construindo – as bases de um país mais justo, humano e solidário.
É também um dia de reflexão. Reflexão sobre o passado, sobre as vitórias conquistadas às custas de muito suor, mobilização e enfrentamento ao longo de anos, mas, principalmente, sobre os desafios urgentes que ainda vamos enfrentar.
A classe trabalhadora brasileira avançou muito. Temos jornadas reguladas, 13º salário, férias, aposentadoria, licença-maternidade, dentre tantos outros direitos conquistados, que jamais nos foram concedidos por merecimento. E estamos longe do ideal.
Ainda vivemos em um país de desigualdades imensas e inaceitáveis e, em alguns casos, vivemos retrocessos.
É por isso que este 1º de Maio precisa ser um chamado à luta coletiva. O Brasil não pode mais tolerar que mulheres ganhem menos que homens exercendo a mesma função. Não podemos mais aceitar que trabalhadores sejam empurrados para a pejotização, sem qualquer proteção ou vínculo real com as empresas. A precarização se disfarça de “flexibilidade”, mas o resultado é o mesmo: insegurança, baixos salários e ausência de direitos e a saúde dos trabalhadores/as sempre na berlinda.
Outro ponto que está à luz do debate e que já não pode ser mais ignorado é o fim da escala 6x1. Trabalhadores e trabalhadoras têm direito ao descanso digno, à convivência familiar e à saúde mental. O Sintratel, junto ao movimento Sindical e movimentos parceiros, levantam essa bandeira, pois entendem que a dignidade do trabalho passa pelo tempo livre e pela valorização da vida fora do ambiente laboral.
O 1º de Maio também é tempo de reafirmar nosso compromisso com a democracia, com os direitos humanos, com o combate ao racismo, ao machismo, à LGBTfobia e à violência contra os mais vulneráveis. Um Brasil desenvolvido não se constrói apenas com crescimento econômico, mas com respeito, solidariedade e cidadania plena para todos e todas.
Vamos continuar a luta por um Brasil do tamanho dos nossos sonhos: com igualdade, justiça, oportunidade e trabalho decente para todos e todas.
Marco Aurélio
Presidente Sintratel