A Agência O Globo apurou que nas demais, retorno presencial obrigatório será a partir de 3 de novembro; governo de SP só gastou 20% da verba para reforma e melhoria estrutural dos colégios prevista para 2021
Parte das escolas da rede estadual de São Paulo volta a receber 100% dos alunos todos os dias da semana a partir desta segunda-feira. O governador João Doria (PSDB) determinou o retorno obrigatório na quarta-feira passada, mas somente 24% do total de escolas (1.251 das 5.130) conseguem garantir o distanciamento de um metro exigido pelas regras de prevenção à Covid-19.
Nas demais, onde isso não é possível por falta de espaço físico, as aulas presenciais só voltam a ser obrigatórias para todos os estudantes em 3 de novembro, quando não será mais necessário manter distanciamento entre os estudantes.
A exigência também vale para as escolas privadas, mas elas terão prazos definidos pelo Conselho de Educação para se adaptarem. No caso das municipais, a maioria das prefeituras tem autonomia para decidir. Somente cidades menores, que não têm Conselho de Educação próprios, devem seguir a determinação do estado.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informa que 1.251 [escolas] estão aptas a receber 100% dos estudantes sem revezamento. A pasta ressalta que os casos prováveis de servidores, funcionários e alunos são acompanhados por meio do SIMED (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para COVID-19) da Seduc-SP, que tem os dados atualizados periodicamente”, informou a pasta em nota ao G1.
De acordo com o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, os estudantes só poderão deixar de frequentar as escolas mediante apresentação de justificativa médica, ou aqueles que fazem parte do grupo de exceções definidos: gestantes e puérperas, adolescentes com comorbidades a partir de 12 anos que não tenham completado ciclo vacinal contra a Covid-19 e menores de 12 anos que pertencem a grupos de risco para a doença ou condição de saúde de maior fragilidade.
O uso de máscara por parte de estudantes e funcionários permanece obrigatório para todos, assim como a utilização de álcool em gel nas escolas. Como mostrou reportagem do Globo, mais sete estados e o Distrito Federal também já determinaram volta obrigatória às aulas presenciais.
Grande parte das escolas particulares de São Paulo já havia voltado à modalidade presencial, mas o mesmo não é observado nas escolas da rede estadual. Nestas, cerca de 55% a 70% dos alunos voltaram, enquanto os demais permaneceram no estudo on-line, ou até deixaram de acompanhar as aulas e entregar tarefas, segundo o secretário da Educação informou na semana passada.
Fonte: Agência O Globo