Saúde

Ocorrências devem ser comunicadas ao INSS. Em caso de afastamento de até 180 dias, trabalhador pode dar entrada pelo Atestmed

Apessoa que trabalha com carteira assinada ou contribui para a Previdência de forma individual possui direitos previdenciários. Entre eles está a cobertura no caso de incapacidade temporária decorrente de acidente de trabalho. É considerado acidente do trabalho quando o exercício de atividade a serviço da empresa, do empregador doméstico ou o exercício do trabalho do segurado especial provocar lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho ou morte. Esses imprevistos podem ocorrer em todo ambiente de trabalho, seja em escritórios, indústrias, obras e até mesmo no trajeto de ida e volta para casa. Por esse motivo, é importante conhecer quais as situações que ensejam o reconhecimento de um benefício na modalidade acidentária, seja ele um auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente ou uma pensão por morte.

Desde março passado é possível pedir benefício por incapacidade temporária por análise documental (Atestmed), nos casos acidente de trabalho com afastamento por até 180 dias. Ao fazer o pedido pelo Atestmed para requerer o auxílio-doença acidentário, para essas situações, o trabalhador pode inserir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) junto com a documentação médica. O material será analisado por um médico perito à distância. A mudança consta da Portaria Conjunta MPS/INSS 38.

Se o segurado não tiver acesso à internet, deverá procurar uma agência da Previdência Social com a documentação, onde receberá o auxílio de um servidor para fazer o requerimento do benefício pelo Meu INSS. Na listagem de documentação, além do documento médico e de identidade, a CAT também poderá ser anexada.


Veja situações que são consideradas acidente do trabalho:

  • Doença profissional: doença produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; e
  • Doença do trabalho: doença adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

 Equiparam-se ainda

  • O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

Acidente no local e no horário do trabalho, em consequência de:

  • ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
  • ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
  • ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
  • ato de pessoa privada do uso da razão; e
  • desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
  • a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e

Acidente fora do local e horário de trabalho:

  • na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa ou do empregador doméstico;
  • na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa ou ao empregador doméstico, para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
  • em viagem a serviço da empresa ou do empregador doméstico, inclusive para estudo, quando financiada por esta(e), dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e
  • no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Importante ressaltar que a empresa onde o funcionário trabalha deve fornecer equipamentos de proteção caso necessário, e se de fato ocorrer um acidente, é obrigação do empregador o registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência do acidente do trabalho, ou em caso de óbito, imediatamente.

A Comunicação de Acidente de Trabalho é um documento emitido exclusivamente em meio eletrônico, nos termos da Portaria SEPRT/ME nº 4.334, de 15 de abril de 202, pelo sítio eletrônico da Previdência Socia. Contudo, excepcionalmente, poderá ocorrer o atendimento presencial nas Agências da Previdência Social mediante o prévio agendamento do serviço Atendimento Simplificado pelo telefone 135, para possibilitar protocolo de requerimentos para pessoas sem acesso aos canais remotos, de acordo com o disposto no art. 16, X, da Portaria DIRBEN/INSS nº 982, de 22 de fevereiro de 2022

Texto da estagiária Beatriz de Paula, sob supervisão de Martha Imenes


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Fonte: INSS

Hoje, 16 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Voz, uma data estabelecida desde 2003 para conscientizar as pessoas sobre a relevância da voz e os cuidados essenciais para mantê-la saudável. Apesar de muitos se esquecerem no dia a dia, é fundamental zelar pela saúde vocal, especialmente para aqueles que a utilizam profissionalmente.

No ramo do Telemarketing/Teleatendimento, conforme Dr. Herval Pina Ribeiro em seu livro "GRITOS E SILÊNCIO", destaca-se a importância de um exame médico rigoroso para voz, dicção e audição, devido à relevância desses aspectos para as tarefas e a produtividade. O reconhecimento legal dos transtornos vocais como doenças ocupacionais é crucial, legitimando-os como questão social e de saúde pública, reforçando as queixas sobre relações autoritárias excessivas no ambiente de trabalho.

As demandas no Telemarketing, como metas agressivas e pressões nos Tempos Médios de Atendimento (TMA), afetam tanto a voz quanto o bem-estar psicológico dos profissionais. A organização rígida e controladora dos Call Centers acaba contribuindo para o adoecimento dos trabalhadores, refletindo em sintomas físicos e psicológicos. Portanto, é essencial que os trabalhadores ajam com autonomia e sigam as diretrizes do Anexo II da NR17, adotando práticas recomendadas para prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

A comunicação oral é crucial em diversas profissões, e o uso inadequado da voz pode resultar em desgaste e alterações nas cordas vocais, causando irritação, tosse, pigarro, secreções e infecções.

Para preservar a saúde vocal, especialistas recomendam algumas práticas simples, tais como:

  • Consumir de 2 a 3 litros de água diariamente;
  • Falar sem esforço, articulando bem as palavras;
  • Evitar pigarrear ou gritar;
  • Abster-se de fumar e ingerir bebidas alcoólicas;
  • Evitar alimentos gelados.

Em caso de problemas vocais, é aconselhável procurar um fonoaudiólogo para orientações e tratamentos adequados. SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / CEREST – CENTRO DE REFERÊNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR

 



 

São Paulo enfrenta uma onda de calor intensa, levando as temperaturas a patamares elevados e impactando diretamente a rotina dos trabalhadores. Nesse contexto, é crucial adotar medidas de prevenção para garantir a saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho, especialmente seguindo as diretrizes do anexo II da NR17.

Normas Regulamentadoras (NR17): O anexo II da NR17 estabelece parâmetros para conforto térmico no ambiente de trabalho, indicando que a temperatura ideal deve variar entre 20ªC a 23ºC. Em períodos de calor extremo, torna-se desafiador manter essas condições, mas é fundamental que empregadores e trabalhadores.as  estejam atentos, e tomem medidas para minimizar os impactos. O conforto térmico não opcional seja em clima frio ou calor intenso, ele garante melhores condições para os trabalhadores.as durante o período de trabalho.

Cuidados com a Hidratação: Uma das principais recomendações para enfrentar ondas de calor é a hidratação adequada. Beber bastante água ao longo do dia é essencial para prevenir a desidratação, garantindo o bom funcionamento do organismo. Trabalhadores e trabalhadoras devem ter acesso fácil a água potável e serem incentivados a manterem-se hidratados, mesmo que não sintam sede.

Cuidados com a Voz: Temperaturas elevadas podem aumentar o risco de desidratação, afetando também as cordas vocais. Profissionais que fazem uso constante da voz, como atendentes em telemarketing/teleatendimento, devem ter atenção especial. Recomenda-se o uso de ambientes climatizados sempre que possível, além de pausas para descanso vocal e consumo de líquidos para manter a hidratação das cordas vocais e sua saúde de forma geral. Onde os gestores devem entender que as idas ao banheiro irão aumentar nesse período de altas temperaturas.

Alimentação Saudável: Em períodos de calor intenso, a escolha de alimentos leves e nutritivos é crucial. Optar por refeições balanceadas, ricas em frutas, verduras e alimentos de fácil digestão, contribui para o conforto térmico e o bem-estar geral. Evitar refeições pesadas e de difícil digestão durante o expediente é uma prática que promove o conforto no ambiente de trabalho.

Aumento nas Visitas ao Banheiro: Com as altas temperaturas, é natural que a frequência das idas ao banheiro aumente. Essa é uma resposta fisiológica do corpo à necessidade de eliminar o calor excessivo. Empregadores devem garantir condições adequadas nos sanitários, com higiene e suprimentos necessários para atender a essa demanda aumentada, assegurando o conforto dos trabalhadores.

Conclusão: Em meio à onda de calor que assola São Paulo, adotar medidas preventivas no ambiente de trabalho é essencial para preservar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Seguir as orientações do anexo II da NR17, priorizando a hidratação, cuidados com a voz, alimentação saudável e adequação das condições no banheiro, contribui para um ambiente mais seguro e confortável, mesmo diante das adversidades climáticas. Empregadores e trabalhadores.as, juntos, podem enfrentar esse desafio, promovendo um ambiente laboral mais saudável e produtivo.

Sensibilidade à Temperatura: Mulheres grávidas frequentemente experimentam um aumento da sensibilidade térmica, tornando-as mais propensas a desconfortos causados por temperaturas elevadas. É crucial que empregadores estejam cientes dessas necessidades e ajam proativamente para proporcionar um ambiente de trabalho mais ameno, sempre considerando as diretrizes da NR17 especifico no Anexo II.

Acompanhamento Médico: O acompanhamento médico regular é ainda mais crucial durante períodos de calor intenso para as gestantes. Empregadores devem encorajar as colaboradoras grávidas a manterem suas consultas pré-natais e oferecer suporte para que elas possam realizar essas visitas sem prejuízo ao trabalho.

 

O Sintratel diante a Secretaria de Saúde e Bem-Estar no Trabalho, estará a disposição para qualquer auxilio para classe trabalhadora nos enviando quaisquer problemas no e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Veja o crescimento histórico da indústria gaúcha após as enchentes. O Rio Grande do Sul registra aumento de 34,9% em junho

A retomada da produção nas fábricas gaúchas em junho, mês seguinte às enchentes que inundaram grande parte do Rio Grande do Sul, fez com que a produção industrial no estado tivesse um crescimento de 34,9%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expansão é a maior já registrada pelo estado na série histórica da pesquisa.

O resultado do estado foi também o maior entre os 18 locais pesquisados pelo IBGE.

A explicação do salto dado pela produção industrial gaúcha está na base de comparação negativa, já que em maio houve recuo de 26,3%, em um cenário em que muitas fábricas ficaram fechadas ou em baixo ritmo, por causa dos alagamentos.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 63% das fábricas gaúchas tiveram paralisação parcial ou total no período das chuvas.

Com os dados de maio severamente prejudicados, a retomada da atividade em junho tem um efeito estatístico mais expressivo, além de já ter compensado as perdas do mês anterior. Esse resultado já era esperado, segundo avalia o analista da pesquisa Bernardo Almeida.

“Depois de um período de paralisação em decorrência das inundações provocadas pelas fortes chuvas no estado, houve retomada das atividades em diversas plantas industriais. Isso foi determinante para o resultado positivo da indústria gaúcha em junho, sendo a taxa positiva mais intensa da indústria local desde o início da série histórica”, explicou Almeida.

Entre os setores que contribuíram para esse comportamento positivo estão os de produtos químicos, derivados do petróleo, veículos automotores, máquinas e equipamentos e metalurgia.

Como o Rio Grande do Sul tem um peso de 6,8% no total da indústria brasileira, o crescimento de junho foi, além de o maior, o de maior influência para o desempenho nacional, que apresentou expansão de 4,1% ante maio.

Com os últimos resultados conhecidos, a indústria gaúcha está 2,7% acima do patamar pré-pandemia, comportamento semelhante ao da indústria nacional de 2,8%.

Apesar de a retomada de junho ter compensando a queda de maio, no acumulado do ano a produção industrial do Rio Grande do Sul apresenta recuo de 1% e de 2,3% no acumulado de 12 meses.

Já a média nacional cresceu 2,6% no ano e 1,5% em 12 meses.

Estados
Na passagem de maio para julho, o Pará figura com a segunda maior alta, 9,7%. Os setores extrativo e de metalurgia foram os maiores responsáveis pelo resultado positivo do estado.

São Paulo, maior parque industrial do país, cresceu 1,3% no período, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul, em termos de influência positiva.

“Os setores de alimentos, derivados do petróleo, veículos automotores e farmacêuticos foram os que mais influenciaram o comportamento da indústria do estado”, destaca Bernardo Almeida.

Esse resultado deixa a indústria paulista 3,6% acima do patamar pré-pandemia.

No lado das quedas, a Região Nordeste caiu 6%, Bahia 5,4% e Pernambuco 5,2%, registraram as taxas mais expressivas.

O IBGE apura resultados regionais nas 17 unidades da federação com participação de, no mínimo, 0,5% no total da industrial nacional, e para o Nordeste como um todo.

Fonte: Agência Brasil

Texto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

 

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que determina a notificação compulsória do distúrbio vocal relacionado ao trabalho como doença funcional. 

O texto considera distúrbios vocais relacionados ao trabalho quaisquer formas de desvios vocais relacionados à atividade profissional, que diminuam, comprometam ou impeçam a atuação ou a comunicação do trabalhador. 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Dr. Benjamim (União-MA), ao Projeto de Lei 3993/23, do deputado Rogério Correia (PT-MG). O autor informou que o Ministério da Saúde, em 2018, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, destacou a complexidade do distúrbio de voz relacionado ao trabalho em publicação sobre os Protocolos de Complexidade Diferenciada na Saúde do Trabalhador.

A publicação cita maior ocorrência de distúrbio vocal entre trabalhadores que utilizam a voz profissionalmente, principalmente entre professores e operadores de telemarketing.

“Essas categorias estão particularmente propensas a desenvolver distúrbios vocais devido à necessidade de manterem uma comunicação eficaz durante longos períodos”, reiterou o relator. “Outro fator a ser considerado são os ambientes ruidosos de trabalho, que podem obrigar os trabalhadores a elevarem o volume da voz, resultando em um desgaste adicional das cordas vocais”, acrescentou Dr. Benjamim. 

Para ele, a notificação é importante não só para fins estatísticos, mas também para direcionar ações corretivas e preventivas. O relator alterou o texto original para para retirar aspectos técnicos, “que podem mudar com o avanço científico”. Além disso, em vez de propor uma lei autônoma, o parlamentar optou por inclui a norma na lei já existente que trata de notificação compulsória (Lei 6.259/75). 

 

Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

A varíola dos macacos fez sua primeira morte no Brasil, o que tem levantado o alerta sobre como se prevenir da doença. E um dos ambientes que mais traz preocupações é justamente o transporte. Pode ser no carro particular, de aplicativo ou transporte de massa, os cuidados são muito parecidos com os exigidos pelo surto de covid-19. Mas há outros pontos que devem ser levados em consideração.

UOL Carros conversou com duas especialistas para ensinar a você o que pode ser feito para evitar a doença nessas situações.

De acordo com as fontes ouvidas, caracterizar a doença como varíola do macaco pode agravar a agressão de seres humanos contra esses animais, algo que já aconteceu durante surtos de febre amarela. Gestantes, crianças e pessoas imunossuprimidas formam o principal grupo de risco.

A primeira medida de prevenção em transportes é a mesma de outras situações: evitar o contato pele a pele.

"A forma de contágio mais comum é o toque em pessoas infectadas. Se você vai fazer uma viagem prolongada e tiver contato com alguém com o vírus, será arriscado demais. Se eu tiver uma lesão e encostar em outro indivíduo, será um risco muito grande. É necessário reforçar que mais da metade das pessoas com o diagnóstico não tiveram febre ou dor", orienta a professora Raquel Stucchi, da Unicamp.

Às vezes a condição passa despercebida, o que dificulta a descoberta e prevenção do contato. "Ela pode parecer um pelo encravado, uma espinha, sendo que essa pessoa pode não atentar para isso. Se tiver o risco de contato pele com pele, pelo menos tente se proteger com manga comprida, uma canga ou calça", reforça Raquel.

Embora a contaminação por via aérea seja menos provável, usar máscara não deixa de ser um hábito elogiável. Da mesma maneira, é importante limpar o carro com detergentes e álcool em gel ou 70, uma vez que secreções podem ficar em superfícies. E isso pode ser mais grave quando o mesmo ocorre em superfícies porosas.

"Quando tem uma quantidade grande de fluido que rompe e molha o estofado faz uma questão de remover de uma maneira mais profunda e não só passar um paninho. As superfícies não porosas podem ser limpas como desinfetantes de amônia ou sódio", ensina a pesquisadora Camila Malta Romano, do Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Tomar cuidado com as áreas de contato do carro é fundamental. Podem ser maçanetas, botões de acionamento dos vidros elétricos (ou manivelas) e bancos, tudo pode ter vestígios da contaminação. Além disso, pessoas infectadas podem ter entrado no carro, exemplo: alguém com suspeita indo ou voltando de um hospital.

As formas de contágio via aérea ainda não foram detectadas, mas é necessário lembrar que os estudos sobre a doença ainda estão sendo desenvolvidos. A máscara ajuda a evitar eventuais gotículas de saliva e outros contaminantes, ou seja, continuam valendo alguns cuidados da covid, caso do uso de álcool em gel.

Há um ponto extra: como a contaminação de superfícies e, principalmente, por toque, usar roupas com manga comprida e calças compridas podem ser formas de prevenção.

"Há ambientes em que a contaminação é mais descontrolada, seja Uber, táxi ou ônibus. Então, sempre tente não deixar áreas do corpo expostas. Não se sente com bermuda. Ainda não há um estudo sobre o quanto o tecido protege, não temos essa informação. Porém, quanto menos contato com a secreção com uma ferida, melhor", ensina Camila.

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Fonte: UOL

Pesquisa baiana avança nos estudos sobre a encefalite e que correlaciona ao vírus da Chikungunya

 

Integrante do grupo de pesquisa do Instituto Gonçalo Muniz, mais conhecido como Fiocruz/Bahia, localizado em Salvador, um grupo de pesquisa trouxe um apontamento importante sobre a encefalite. De acordo com os resultados do estudo, a Chikungunya tem relação direta com casos de encefalite, conforme a pesquisa que durou três anos (2020, 2021 e 2022).

Em entrevista exclusiva para o Estudantes Ninja, a Doutoranda Maria Paula Sampaio, natural de Xique-Xique/BA, foi uma das integrantes do grupo de pesquisa baiano que desenvolve esse estudo. A jovem ingressou na Fiocruz/BA como estudante da iniciação científica, permanecendo até hoje na instituição. Com o mestrado feito e concluído durante a pandemia, a pesquisadora de 28 anos escolheu a linha de pesquisa sobre doenças neurológicas (especificamente a encefalite) e em 2023, ao iniciar o doutorado, foi chamada para a pesquisa da Chikungunya.

A pesquisa baiana foi feita em 11 hospitais públicos e privados, sendo oito de Salvador e três no interior, em de Feira de Santana e Irecê, onde dos 43 pacientes analisados, 16 tiveram algum vírus que era o causador da encefalite, e em nove, o vírus da Chikungunya estava presente.

De acordo com a estudante, cujas amostras coletadas foram testadas diretamente por ela, o trabalho em equipe começou a receber as amostras em 2020, na pandemia, mas os testes começaram a ser feitos quando o acesso ao laboratório passou a ser permitido. Segundo ela “felizmente não tive muitas intercorrências ou problemas durante a execução. E o resultado não teria como ser diferente, foi satisfatório, é muito bom ver que os meus anos de estudo geraram resultados tão importantes.”

Importância do investimento público em pesquisa
Para a pesquisadora, os investimentos em pesquisa feitos pelo Governo Federal e Estadual para o IGM/Fiocruz-BA, são importantes para as pesquisas, mas é necessário ter ainda mais. Segundo ela “a pesquisa brasileira ganhou visibilidade maior após a pandemia, as pessoas puderam conhecer e valorizar o que é feito aqui, mas precisamos que esses olhares continuem e cresçam principalmente pra pesquisas que envolvam problemas que são mais negligenciados e menos conhecidos pelas pessoas.”

Mesmo com toda a visibilidade da pesquisa brasileira a partir da pandemia, Maria Paula ressalta que “o Brasil tem muitos estudantes que são capacitados e que têm interesse em trabalhar com pesquisa, em desenvolver sua pesquisa, mas a falta de valorização faz com que muitas dessas pessoas desistam de seguir uma carreira científica e optem por outros trabalhos.”

Próximos passos da pesquisa
Com a publicação dos resultados do estudo no The International Journal of Infectious Disease, ela afirma que será dado continuidade ao projeto e que tem mais coisa a ser feita e investigada, para gerar mais informações sobre os casos de encefalite. De acordo com a doutoranda “nós vamos continuar investigando os casos de encefalite e o que for encontrado vai poder ajudar outros estudos sobre a doença e também com os vírus que forem detectados. Nosso estudo trouxe novas informações com relação à epidemiologia das encefalites no país, e isso pode auxiliar no desenvolvimento de métodos de diagnóstico que são mais direcionados aos principais causadores da doença.”

Fonte: Mídia Ninja

No Dia Mundial da Síndrome de Down, é importante destacar os desafios enfrentados no setor de telemarketing, como as questões de ergonomia, cuidados com a voz e prevenção da saúde dos trabalhadores. Além disso, é fundamental lutar por uma condição de equidade nas relações de trabalho, buscando a ampliação da visibilidade e respeito para todos, inclusive pessoas com síndrome de Down. A Secretaria de Saúde e Bem-Estar no Trabalho do Sintratel-SP apoia iniciativas que promovam avanços em prol de todas as causas, em respeito à vida.

 

1. Desafios no setor de telemarketing: Cuidados com a saúde dos trabalhadores

- A importância de abordar questões relacionadas à ergonomia, cuidado com a voz e prevenção de problemas no Anexo II da NR17 da saúde no setor de telemarketing.

- A valorização das cláusulas presentes na Convenção Coletiva de Trabalho, que informam e previnem problemas de saúde dos trabalhadores do setor.

 

2. Dia Mundial da Síndrome de Down: Ampliando a visibilidade e o respeito

- Destacar a importância de um dia dedicado à conscientização e inclusão das pessoas com síndrome de Down.

- A realidade da presença de pessoas com síndrome de Down no setor de telemarketing e a luta por ampliar sua visibilidade e inclusão.

- A necessidade de garantir igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para pessoas com síndrome de Down, respeitando-as como indivíduos plenamente capazes.

 

3. Sintratel-SP Apoio às causas em respeito à vida

- Apresentar o papel da Secretaria de Saúde e Bem-Estar no Trabalho do Sintratel-SP em apoiar e promover avanços nas questões de saúde e equidade no setor de telemarketing.

- Destacar as ações e iniciativas do Sintratel-SP em prol do respeito à vida, incluindo o apoio às causas relacionadas à síndrome de Down.

 

No Dia Mundial da Síndrome de Down, é essencial refletir sobre os desafios enfrentados no setor de telemarketing, incluindo questões de saúde e equidade no trabalho. É preciso lutar por uma ampliação da visibilidade e respeito para as pessoas com síndrome de Down, incluindo-as plenamente na sociedade e no mercado de trabalho. A Secretaria de Saúde e Bem-Estar no Trabalho do Sintratel-SP apoia as causas em prol da vida e está engajada na promoção de avanços nesse sentido. Através de esforços coletivos, é possível construir um setor de telemarketing mais inclusivo e justo, garantindo oportunidades para todos e todas.

Especialistas defendem treinamento de equipes médicas para que saibam associar reclamações de pacientes, como dores e distúrbios do sono, a sintomas de quadro depressivo


Tristeza não é o primeiro tampouco o sintoma mais comum. A perda de prazer em realizar atividades antes consideradas agradáveis, sim. O desânimo e o cansaço, também. Em seguida, vêm os descompassos nos padrões de sono, as dores musculares, as cefaleias, as alterações gastrointestinais.... Em sofrimento, o paciente procura ajuda. Os médicos pedem alguns exames e, quando não há um diagnóstico de depressão, receitam os medicamentos para o alívio daquelas outras queixas específicas. Dessa forma, sem o acompanhamento especializado, a depressão muitas vezes pode seguir sem ser diagnosticada.

Por falta de treinamento, os médicos generalistas e especialistas não psiquiatras, tanto do sistema público como do setor privado, muitas vezes não associam as aflições orgânicas do paciente a sintomas somáticos de um quadro depressivo. Em geral, o primeiro diagnóstico só acontece depois de quatro anos e meio do início do episódio, apontam estudos do Medicaid, o programa de saúde social dos Estados Unidos. "Podemos estender esse dado para o Brasil", diz o médico Frederico Garcia, professor do departamento de psiquiatria e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Mas provavelmente nossos indicadores são piores." É muito tempo.

Deixada a seu próprio curso, a depressão progride de forma crônica e recorrente. O primeiro evento aumenta em 50% os riscos de recaída. Depois do segundo, essa probabilidade sobe para 70% a 80%. E, com o terceiro, chega a 90%1. "Além disso, os episódios tendem a ficar mais longos", explica o psiquiatra Frederico, citando estudos americanos sobre a evolução da doença em grupos que recusam cuidado médico, por questões religiosas, por exemplo. Se a primeira crise dura de seis a 12 meses; a segunda, tende a se estender por dois anos, e a terceira, por até três.

Do ponto de vista fisiopatológico, a doença destrói as conexões neurais e, a cada episódio, mais e mais neurônios morrem, agravando os sintomas do transtorno e dificultando seu manejo. Um perigo é o quadro evoluir para a depressão resistente ao tratamento (DRT), avalia a médica Fabiana Nery, professora adjunta de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O transtorno resistente já dispõe de tratamentos eficazes. Ele acontece quando o paciente sofre episódios de moderados a graves e não responde ao uso de dois antidepressivos, de classes diferentes, por dose e tempo adequados. "Como inicialmente não responde aos remédios, o paciente fica com a sensação de que a vida dele é aquela mesmo, que não há nada a se fazer", completa o professor da UFMG.

Entre 251 e 310 milhões de pessoas no mundo2 são vítimas da depressão. Até 2030 deve se tornar a doença não transmissível mais frequente do planeta, ultrapassando os distúrbios cardiovasculares e o câncer3. De caráter sistêmico, o transtorno tem altas taxas de morbidade e mortalidade. "Na vigência de um episódio depressivo, piora em duas vezes a gravidade de outras doenças, como diabetes e hipertensão", lembra a psiquiatra Fabiana.


Tanto pelo impacto da doença em todo o organismo quanto pelo risco de suicídio, segundo o professor da UFMG, a depressão, sem o acompanhamento adequado, diminui a expectativa de vida de seus portadores de seis a dez anos, em comparação à da população em geral. Por isso é tão importante a atuação dos psiquiatras para que encontrem medidas rápidas para mudar esse desfecho. Tal cenário deve ser observado pelo sistema de saúde com a devida urgência no que diz respeito à oferta de tratamentos e a rede assistencial.

"O paciente depressivo é uma pessoa que sofre muito, vive menos e com menos qualidade de vida do que poderia viver se não tivesse o transtorno", resume o médico Frederico. Menos de 50% dos doentes estão em tratamento, pontua Fabiana, e destes, apenas dois em cada dez estão bem assistidos.

Há de se levar em conta ainda os impactos econômicos da depressão, primeira causa de incapacidade no mundo. Apenas no Brasil, os custos diretos e indiretos com a doença chegam a 63,3 bilhões de dólares anuais – o segundo maior do mundo, depois dos Estados Unidos4. Uma pessoa sem o transtorno falta, em média, seis dias de trabalho por ano por algum problema de saúde. O depressivo, 21 dias (veja o infográfico ao lado).

É por isso que, frente a um transtorno altamente prevalente, com impactos socioeconômicos tão profundos, os especialistas insistem na importância do diagnóstico precoce. Porque depressão tem controle. "Mesmo nos casos de diagnóstico tardio, com o tratamento adequado, é possível evitar novos episódios e garantir ao paciente uma vida absolutamente normal, como a de qualquer pessoa sem a doença", frisa a professora da UFBA. A detecção da doença em estágios iniciais pressupõe uma série de iniciativas, como treinar os médicos generalistas e especialistas não psiquiatras ou levar o tema da saúde mental para as escolas infantis, como acontece na Dinamarca e na Noruega.

Nesse movimento, é imprescindível derrubar os estigmas que ainda cercam a depressão, apesar de todas as conquistas da medicina. E só se consegue isso falando abertamente sobre o assunto. É preciso falar, falar muito. O transtorno é uma doença como qualquer outra. Ninguém tem vergonha de se assumir hipertenso ou diabético. Qual é, então, o problema em ter depressão? Enquanto persistir o preconceito em relação aos medicamentos psiquiátricos ou houver gente achando que aprendeu a conviver com o transtorno, também não se irá muito longe. "Antidepressivo não vicia, nem muda a personalidade de ninguém", insiste Fabiana. "E ninguém tem de se habituar à doença. Tem, sim, de ser tratado e resgatar o controle da própria vida."

 

Referências:

  1. "O impacto da depressão"

https://www.abrata.org.br/o-impacto-da-depressao/

  1. "Depression rates by country – 2022"

(https://worldpopulationreview.com/country-rankings/depression-rates-by-country)

  1. "Depression and other common mental disorders – Global health estimates"

(https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/W?sequence=1)

  1. "Global patterns of workplace productivy for people with depression: absenteeism and presenteísmo costs acrossa eight divrese countries"

(https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27667656/)

Fonte: Folha de SP

Data é celebrada anualmente em 5 de agosto. Ministério da Saúde oferece dicas para a adoção de hábitos mais saudáveis, como a prática de atividade física



Há 152 anos, foi registrado o nascimento de um importante personagem na história da saúde pública brasileira: Oswaldo Cruz. É ele quem inspira a celebração do Dia Nacional da Saúde, comemorado em 5 de agosto. O sanitarista liderou diversas expedições para levar mais acesso à saúde ao interior do Brasil.

Oswaldo Cruz ficou conhecido por atuar na análise de diversas epidemias, propondo, inclusive, a criação de soros e vacinas. Portanto, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e o estabelecimento do que ele é hoje – o maior sistema público de saúde do mundo – não poderia haver maior inspiração.

“Dentre tantos feitos significativos, Cruz liderou diversas expedições para levar mais acesso à saúde ao interior do Brasil. E após anos de enfraquecimento dos programas sociais, desestruturação do nosso SUS e graves retrocessos, estamos revertendo esse cenário e dando continuidade ao trabalho iniciado por Oswaldo Cruz, de assegurar uma saúde de qualidade para a população brasileira”, celebra a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Além da alusão ao nascimento do sanitarista, a data de hoje tem como objetivo conscientizar as pessoas a buscarem um estilo de vida mais saudável. Outra maneira de cuidar da saúde e evitar doenças é manter as consultas médicas e exames preventivos em dia. As UBSs atendem a população em geral, oferecendo atendimento de saúde primário, incluindo prevenção, diagnóstico e tratamento.

Em 2024, o Ministério da Saúde promoveu o aumento de 28% no financiamento da Atenção Primária, em relação a 2023, com repasse previsto de R$ 35 bilhões neste ano. Com os novos recursos, será possível ampliar o horário de atendimento até as 22h. A meta da pasta é criar, por ano:

2.418 Equipes de Saúde da Família;
3.002 Equipes de Saúde Bucal;
4.167 equipes multiprofissionais.


Hábitos saudáveis

Uma dica importante para a melhoria da qualidade de vida é a prática de atividade física. Ela é importante em todas as fases de vida, e contribui para o controle do peso, diminuição da chance de desenvolvimento de alguns tipos de cânceres e também de doenças crônicas.

O Guia de Atividade Física para a População Brasileira do Ministério da Saúde aborda a atividade física em todos os ciclos de vida – crianças, adolescentes, adultos e idosos, – em algumas condições – gestantes e pessoas com deficiência –, além do destaque para a Educação Física Escolar. Também são esclarecidos alguns conceitos importantes como o de atividade física e de seus domínios, o de exercício físico e o de comportamento sedentário. O documento também ressalta o que são capacidades físicas e como elas se relacionam com a saúde.

A pasta também oferta o Guia Alimentar para a População Brasileira. Essa é uma ferramenta para orientar não apenas as ações de educação alimentar, mas também políticas públicas relacionadas à produção, distribuição e oferta de alimentos.

O Guia Alimentar é uma ferramenta estratégica e importante de promoção da saúde e de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, que orienta ações no Sistema Único de Saúde (SUS), além de ser referência para políticas públicas de outros setores do governo federal. A publicação também é referência mundial por seu conjunto de recomendações e potencial de fomento às políticas públicas intersetoriais de saúde, alimentação e sustentabilidade.

Está entre as ações do Ministério da Saúde a ampliação da oferta de medicamentos por meio do programa Farmácia Popular, que agora oferece 95% dos medicamentos e insumos gratuitamente para toda a população. Mais de 1, 2 milhão de brasileiros já foram beneficiados somente nas duas primeiras semanas de ampliação.

“Na imunização, também temos grandes avanços. Com a volta do Zé Gotinha e o Movimento Nacional pela Vacinação, conseguimos reverter o cenário de queda de 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil e tiramos o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo. Um marco reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde e pelo Unicef”, completa a ministra Nísia Trindade.

 

Fonte: Ministério da Saúde

O Estado de São Paulo registrou mais de 4 mil casos de dengue só na primeira quinzena deste mês. De acordo com a Secretaria de Saúde, no ano passado, foram confirmados cerca de 320 mil, com 287 mortes. Na capital, os 14 mil casos de 2023 resultaram em 10 mortes, o maior número desde 2019. O verão, por ser um período quente e chuvoso, é a estação que mais favorece a proliferação do mosquito transmissor. É realmente preocupante ver o aumento nos casos, e a conscientização e ações de prevenção são fundamentais para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

 

A população desempenha um papel crucial na prevenção, adotando medidas para eliminar possíveis criadouros do mosquito, como recipientes que acumulam água parada. Além disso, é importante que as autoridades de saúde continuem promovendo campanhas educativas e realizando ações preventivas para conter a propagação da doença.

 

Se você ou alguém que conhece estiver na região afetada, é essencial seguir as orientações das autoridades de saúde locais e tomar medidas para evitar a picada do mosquito, como o uso de repelentes e roupas adequadas. Fique atento também aos sintomas da dengue e busque assistência médica se necessário.

 

Lembre-se de que as informações sobre a situação podem mudar rapidamente, então é sempre recomendável consultar fontes oficiais e atualizadas para obter as informações mais recentes sobre a situação da dengue em São Paulo.

A prevenção é o ato mais saudavel a saúde e a classe trabalhadora fica expostas aos riscos pandemicos por suas locomoções diarias dentro da cidade e por muitas vezes até fora da capital na rotina de trabalho. Importante as empresas sempre verificarem os locais de dificeis acesso para que não tenha riscos da propagação do mosquito da dengue no local. 

 

Todo caso SUSPEITO de Dengue, Chikungunya ou Zika atendido em unidades de saúde públicas ou privadas, deve ser notificado através da plataforma e-SUS VS (esusvs.saude.es.gov.br). ou tel. 156

 

AudienciaPublica-3-11-2015O Sintratel participou de Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, no dia 03 de novembro, representado por sua dirigente Valmira Luzia da Silva. O objetivo da Audiência foi debater as condições de trabalho dos operadores de Telemarketing, tendo em vista a tramitação de Projeto de Lei que prevê a regulamentação desta profissão.

A dirigente do Sintratel e outros sindicalistas presentes cobraram a regulamentação da profissão para a categoria, bem como o fim de abusos cometidos pelas empresas, que vão de assédio moral para cumprimento de metas a limites de idas dos trabalhadores ao banheiro.

Valmira apontou que os problemas do setor são graves e que a reafirmação do Anexo II da NR 17, como prevê o projeto de lei, e sua aplicação integral são essenciais para os trabalhadores se defenderem das condições de trabalho impostas pelas empresas de Telemarketing.

Ela lembrou ainda que o setor emprega majoritariamente jovens, negros e mulheres, setores que historicamente mais sofrem com a desigualdade social típica do capitalismo e acabam sendo captados pelos setores que mais precarizam o trabalho.

O problema, portanto, não é só do setor, mas também da  sociedade considerando a discriminação sofrida por esta população e do estado, que se mantém ausente e não assume responsabilidade sociais como a prestação de serviços de qualidade na educação, na saúde, no fornecimento de creches para as mães trabalhadoras, entre outros, dos quais os trabalhadores em Telemarketing são carentes.  O Sintratel também reafirmou a importância de um piso nacional, que de acordo com a pauta de reivindicações da entidade deveria ser de R$ 1300,00 para que se diferencie do salário mínimo, já que a categoria é diferenciada e precisa ter sua importância reconhecida. 

CLIQUE AQUI PARA VER A FALA DE VALMIRA NA AUDIÊNCIA PÚBLICA 

O Senador Paulo Paim, presidente da CDH, afirmou que irá "encaminhar o projeto de regulamentação da categoria", em apoio à aprovação de uma legislação que proteja os direitos dos trabalhadores do setor.

Gestão “por stress”

O descumprimento de normas trabalhistas por empresas de telemarketing foi confirmado por Odete Cristina Reis, auditora fiscal do Trabalho, e Renata Coelho, procuradora do Trabalho. Ambas disseram ser comum ao setor um modelo de gestão “por stress”, com estímulo abusivo à competição entre trabalhadores e extremo rigor na supervisão.

Clique AQUI para ver a matéria da TV Senado com a fala de Odete Cristina Reise Renata Coelho.

Elas relataram ainda a prática de jornadas de trabalho com intervalos insuficientes, que resultam em doenças osteomusculares, da voz e psíquicas. Em consequência, disse Renata Coelho, é grande a rotatividade da mão de obra no setor. Em geral, informou, um atendente de telemarketing pede demissão antes completar dois anos no emprego.

Direitos da mulher

No debate, Valmira lembrou que as mulheres representam 70% dos cerca de 1,6 milhão de operadores de telemarketing. Mesmo sendo maioria, frisou, as trabalhadoras não contam com estruturas com  e creches para os filhos, mesmo em empresas grandes, com quatro mil funcionários ou mais. E ainda o estado não possui uma política de acolhimento para os filhos destas trabalhadoras que somam hoje mais de hum milhão em todo o país contribuindo com o aquecimento da economia, sendo em sua maioria chefes de família sem nenhum amparo social 

Na opinião da senadora Regina Sousa, essa é também uma situação de violência contra a mulher. "Violência não é só pancada, existem vários tipos de violência. Não se admite uma empresa com mais de 4 mil empregados não ter um berçário. A mãe tem que amamentar o filho, é um direito da mulher", disse. Ainda conforme a senadora, algumas empresas dispensam a funcionária alguns meses após a licença maternidade, penalizando a trabalhadora que opta por ter filhos.

Pressão dos consumidores

Além da pressão que enfrentam dos patrões, os atendentes de telemarketing sofrem ainda pressão dos consumidores insatisfeitos com os serviços prestados pelas empresas. Para o senador Dário Beber (PMDB-SC), a pressão excessiva desse trabalho tem grande impacto sobre muitos jovens que têm no telemarketing a primeira oportunidade de trabalho formal.

Na opinião de Stan Braz, diretor do Sindicato das Empresas de Telemarketing e Marketing Direto do Estado de São Paulo, a importância do setor de call center se revela pelo faturamento de R$ 43,4 bilhões em 2014, o que resultou em R$ 7 bilhões de impostos gerados.