Líder do Pink Floyd fez show na capital federal ‘Censurado’, escreveu em referência ao militar
O cantor e ex-líder da banda Pink Floyd Roger Waters repetiu, na noite deste sábado (13.out.2018), 1 protesto contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O político apareceu em uma lista de líderes mundiais na qual se lê o nome “neofascismo está em ascensão”. A crítica aconteceu durante intervalo de seu show no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Políticos de diversos países como Marine Le Pen, da França, e Donald Trump, dos Estados Unidos apareceram na listagem do telão. No lugar do campo correspondente ao Brasil, havia uma faixa escrita “ponto de vista político censurado”.
No show feito na 3ª (9.out) em São Paulo, o nome de Bolsonaro aparecia sem a tarja. No 2º show na capital paulista, na 4ª (10.out), a faixa sobre o trecho foi adotada pelo cantor britânico.
Em várias partes do show o público presente no Mané Garrincha fez coro ao protesto de Roger Waters e entoou gritos de “Ele Não”. Algumas pessoas da planteia se mostraram insatisfeitas e responderam com gritos de “Ele Sim”.
Na apresentação feita na capital paulista, parte do público não concordou com as críticas de Roger Waters e vaiou o artista. No show de Brasília, o cantor comentou o episódio e disse que as pessoas deviam guardar as energias para brigar com os “porcos”, em referência a música “Pigs” do Pink Floyd, que foi tocada em seguida.
No trecho “mother, should I trust the government? [mãe, devo confiar no governo?]” da música “Mother”, o telão exibiu uma mensagem na qual se lia “nem fodendo”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o maior alvo de Waters durante o show. A primeira ministra do Reino Unido, Theresa May e o ex-presidente americano George W. Bush também estiveram sob a mira do artista.
Toda a apresentação foi marcada por críticas não só a políticos, mas também a empresários.
Mark Zuckeberg , fundador do Facebook, foi chamado de misógino, em referência ao fato que a rede social começou como 1 site que avaliava fisicamente as estudantes do campus de Harvard onde ele estudava. Na ocasião, foi lembrado o escândalo envolvendo denúncias de vendas de dados pessoais dos usuários do Facebook para campanhas políticas.
O artista pediu também a liberdade do australiano Julian Assange. Ele é fundador do WikiLeaks e é procurado pelo governo dos Estados Unidos por publicar informarções sigilosas de documentos diplomáticos . Assange está exilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012.
Fonte: Poder 360