O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), acompanhado de presidentes das demais centrais sindicais e de sindicalistas, na terça-feira (29), realizaram uma verdadeira maratona pelos gabinetes das lideranças políticas em Brasília, buscando convencer os parlamentares a derrubarem o veto do presidente Jair Bolsonaro ao fim da desoneração da folha de pagamento. O veto vai impactar diretamente na atividade profissional de 17 segmentos, que representam mais de 6,5 milhões de trabalhadores e pode significas a demissão de 1,5 milhões de trabalhadores até o fim do ano.
Os sindicalistas conversaram com Marcos Pereira, do Republicanos, 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, líder do PP na Câmara, Ricardo Barros, do PP, líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, do PP, que é relator da Reforma Tributária, e Baleia Rossi, presidente nacional do MDB. Aos parlamentares, além do apoio ao veto presidencial, também pediram para que fosse votado o abono emergencial de R$ 600 até o final do ano, para os milhões de brasileiros afetados diretamente pela pandemia do covid-19. O Governo quer limitar em R$ 300.
Segundo Ricardo Patah, presidente da UGT, o País atravessa um dos piores momentos de sua história, revelados pela pandemia. “Já havia uma percepção que a situação de milhões de brasileiros era dramática, com o desemprego afetando mais de 13 milhões de trabalhadores. Mas a pandemia relevou que o País tem uma legião de invisíveis, que vivem do sub emprego, que chega a mais de 50 milhões de brasileiros. Por essa razão é necessário manter o abono emergencial em R$ 600 e também o veto a desoneração da folha para evitar que mais de 1,5 milhão de trabalhadores percam seus empregos, nesse momento tão dramático para a sociedade brasileira”, afirma o sindicalista.