O consultor também pede atenção à democracia. Ele diz: “Rodrigo Maia, apesar da visão fiscalista e pró-mercado, foi um anteparo a tentações autoritárias de Jair Bolsonaro”. Com as duas novas presidências, especialmente na Câmara, não se tem certeza de que essa resistência persistirá.

 

O senador Pacheco integra a direita civilizada, ou seja, sem necessariamente apelar à truculência. Não seria o caso do presidente da Câmara, tido como muito comprometido com as pautas retrógradas e pela fragilização do Estado frente ao mercado.

 

Auxílio – Segundo a Folha de S. Paulo, quarta (3), os dois novos presidentes teriam simpatia a alguma forma de auxílio aos desvalidos. Há mecanismos que podem ser utilizados para créditos extras, como o “estado de calamidade”. Mas, segundo Toninho do Diap, existe forte resistência na ala econômica do governo. Guedes, especialmente.

 

Margem – Para Antônio Augusto de Queiroz, que, desde a Constituinte, pelo Diap, assessora o movimento, a margem do sindicalismo se estreita. Ele defende a busca do diálogo com as direções das Casas, mas orienta que as entidades reforcem a ação na base e ampliem meios de custeio, “que a legislação permite”. Ele não descarta novos ataques e estímulo à precarização, como trabalho por plataformas virtuais e outros.

 

Como o desmonte da rede de proteção social deve ser acelerado, Antônio Augusto de Queiroz recomenda resistência e reforço da pauta sindical unitária, que defende vacina pra todos, proteção ao emprego, Auxílio Emergencial e ações solidárias. “As entidades precisam também conscientizar as categorias e manter mais próximas as bases”, afirma.

 

Fonte: Agência Sindical