No dia 3 de outubro, os movimentos sindical e popular chamaram a população para atos em defesa da retomada do crescimento, em defesa da Petrobras e da democracia
Em São Paulo, os movimentos e a população tomaram a Av. Paulista após as 14h00 e realizaram uma passeata até a Praça da Sé. Milhares de pessoas participaram deste ato no Dia de Mobilização Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobrás, e contra o Ajuste Fiscal.
Atos semelhantes ocorreram em várias cidades do Estado de São Paulo e em outros Estados do país, todos com grande participação popular. Esta foi a primeira manifestação convocada pela Frente Brasil Popular, formada por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos progressistas.
Neste dia também foi comemorado os 62 anos da Petrobras. Os participantes deixaram claro a defesa da estatal contra os partidos do capital que querem entregar as reservas de petróleo do país às multinacionais, como a Shell. Recentemente, o Senador José Serra, do PSDB, apresentou um Projeto de Lei que cedia todo o pré sal para essas empresas.
Ainda na Paulista, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu que os movimentos sindical e sociais têm a missão de impedir um golpe que, caso avance, terão como resposta um enfrentamento ainda maior contra a direita.“Somos os construtores no país, os que constroem os direitos da classe trabalhadora, que lutam por melhores salários, por moradia e por democracia. Não aceitaremos golpe. A Frente Brasil Popular vem para unificar os movimentos sociais no discurso, nas indignações e organizar as nossas lutas”, disse.
Ao reforçar também a unidade na luta, protagonizada pelo Fórum dos Movimentos Sociais, que atua em âmbito estadual, o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, enfatizou a disputa por soberania. “
Os manifestantes defenderam o patrimônio do povo brasileiro. Deixaram claroq eu o pré-sal é hoje uma das maiores riquezas de nosso país, e que não pode ser entregue aos interesses estrangeiros por parlamentares. A Petrobras tem de ser do povo brasileiro, para melhorar serviços na saúde e educação, e não a serviço para aumentar o rendimento do capital”.
Por que a Petrobras?
Os ataques a Petrobras miram não só o que foi feito, mas também seu potencial com o pré-sal. A lei dos royalties do pré-sal, que destina 75% dos recursos para a educação, pode viabilizar creches para todas as crianças, escolas públicas de qualidade. É por isso que a defesa da Pretrobras é uma tarefa de todos os brasileiros.