A União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou, na sexta-feira 29 de maio, manifestações em diversas regiões brasileiras.
As ações aconteceram em protesto ao Projeto de Lei 4330/04, que trata da terceirização na atividade fim e em repúdio as medidas Provisórias 664 e 665, já aprovadas na Câmara e no Senado, que dificultam o acesso da população a direitos trabalhistas e previdenciários.
“A terceirização na atividade fim é uma forma de contratação que só interessa o patronato, pois reduz os encargos trabalhistas e diminui o salário do trabalhador, em média de 24%, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Nós da UGT somos contrários a essa medida que, a médio e longo prazo, prejudicará as cerca de 30 milhões de pessoas que hoje trabalham formalmente e com registro em carteira”, explica Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
O líder ugetista ressaltou que a central é favorável a regulamentação das atividades terceirizadas, uma vez que no Brasil, cerca de 12 milhões de pessoas trabalham sobre esse regime. “Defendemos a regulamentação da terceirização e não que ela seja expandida para atividades fim, pois essa medida representa um grave atentado aos direitos conquistados pela classe trabalhadora, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a tudo o que ela representa para nós brasileiros”, diz Patah.
A central realizou ações em vários estados da federação, entre eles: Pernambuco, Belo Horizonte, Belém, Rio de janeiro, Salvador, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás. Em todas esses Estados dirigentes sindicais e trabalhadores saíram as ruas.