Morreu nesta segunda-feira (30) o ator Milton Gonçalves aos 88 anos, por problemas que vinha enfrentando desde que teve um acidente vascular cerebral (AVC), em 2020.
Muito mais do que mais um ator negro, Milton rompeu barreira no seu tempo e usou, incansavelmente sua arte para enfrentar as desigualdades sociais e o racismo.
Durante sua carreira, batalhou pelo reconhecimento do trabalho de atores negros. Engajado nas lutas sociais, em 1994 almejou entrar na política concorrendo ao governo do Rio de janeiro pelo PMDB.
Com um currículo de mais de 30 peças e cerca de 70 filmes na carreira, foi três vezes vencedor do Festival de Gramado, mesmo assim nunca esqueceu suas raízes e sua infância pobre.
Milton Gonçalves nasceu em dezembro de 1933. A família pobre de catadores de café decidiu se mudar para São Paulo. O pai se tornou pedreiro, a mãe, empregada doméstica.
Milton deixa um legado imensurável para a dramaturgia brasileira e para o conjunto de ações em prol da construção de uma sociedade mais justa, igualitária, livre de racismo e todo o tipo de preconceito.
