Ícone do varejo de moda dos anos 1980, marca volta como marketplace que vende de perfume a peça automotiva

 

A marca Mesbla está de volta. Um dos ícones do varejo de moda do Brasil nos anos 1970, 1980 e 1990 agora retorna na versão online, como um marketplace –um shopping virtual, que revende produtos de terceiros (os sellers).

 

Antes com foco em vestuário, calçados e acessórios, a nova Mesbla agora vende eletroeletrônicos, celulares, eletrodomésticos, móveis, artigos de casa e decoração, perfumaria, brinquedos, livros e até peças automotivas. São cerca de 250 mil produtos no endereço mesbla.com.

 

A iniciativa de trazer de volta a marca partiu dos irmãos Marcel e Ricardo Viana. Especialista em logística, Marcel foi funcionário da Mesbla, que fechou as portas em 1999. Ao lado do irmão Ricardo, advogado, investiu cerca de R$ 500 mil para lançar o marketplace, com o direito de uso da marca e da identidade visual no meio digital.

A campanha de lançamento teve início nesta terça-feira (3), assinada pela agência carioca M2BR, que envelopou o metrô do Rio.

 

No seu auge, nos anos 1980, a Mesbla chegou a somar 180 pontos de venda no país, com 28 mil colaboradores. A hiperinflação até o início dos anos 1990, porém, junto com algumas decisões equivocadas de mercado, levaram a empresa a acumular dívidas de mais de R$ 1 bilhão e a pedir concordata.

 

O empresário Ricardo Mansur, à época, dono do Mappin, arrematou o controle da companhia em 1997 e pensava em unir as duas empresas. No entanto, em 1999, a Mesbla foi à falência, junto com o Mappin.

 

Símbolo das lojas de departamento, o Mappin também foi relançado no ambiente digital. A marca voltou à vida há três anos, em junho de 2019, sendo relançada pelos mesmos donos da Marabraz.

 

Os nomes, nostálgicos aos consumidores dos anos 1980 e 1990, tentam surfar no crescimento do comércio eletrônico no Brasil, que faturou R$ 218,9 bilhões em 2021, segundo pesquisa da consultoria NielsenIQ|ebit, em parceria com a Bexs Pay. Considerando apenas os sites brasileiros, o faturamento somou R$ 182,7 bilhões no ano passado, alta de 27% sobre 2020.

 

 

Fonte e Foto: Folha de São Paulo