Manifestação de estudantes pediu auxilio emergencial e medidas de isolamento social

 

 

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na manhã desta quinta-feira (25) e foi recebido com protesto. Estudantes estenderam cartazes e faixas contra as ações do governo Bolsonaro no combate à covid-19.

Logo na entrada da USP, entidades estudantis colocaram uma faixa com a frase “A gripezinha já matou 300 mil brasileiros #BolsonaroGenocida”. A citação lembra o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, no começo da pandemia, quando menosprezou os efeitos da covid-19, chamando de “gripezinha e resfriadinho”.

Ao chegar na universidade, por volta das 11h50, Marcelo Queiroga foi recebido por dezenas de estudantes que gritavam “Bolsonaro genocida, mais vacina e menos cloroquina”, em protesto à promoção do tratamento precoce defendido pelo governo federal.

Também foram exibidos cartazes pedindo auxílio emergencial à população e lockdown no país. Uma faixa lembrava: “300 mil é genocídio”. Ontem (24), o país chegou a 300.675 vítimas, de acordo com números do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Protesto contra o genocídio

Segundo o aluno do curso de medicina da USP Deivid Deda, os estudantes foram avisados, ainda ontem, sobre a presença do ministro na faculdade, por meio de um convite para assistirem a transmissão on-line da reunião entre Queiroga e médicos da universidade.

A ideia do protesto contra Marcelo Queiroga é cobrar medidas efetivas do governo federal no combate à pandemia. “Viemos aqui para perguntar ao ministro qual a nova estratégia no rumo da condução da pandemia. Nós ficamos esperando a entrada dele mas não houve uma abertura de diálogo por parte do ministro”, disse à RBA.

Para o estudante, o protesto é uma forma de mostrar ao governo a insatisfação da sociedade na pandemia. “Nós, como alunos de medicina, acreditamos que as medidas adotadas pelo governo federal apresentam resultados falhos e lamentáveis, principalmente por termos atingido a marca de 300 mil mortes. São perdas irreparáveis, mostrando o ápice de todo desgoverno. A nossa insatisfação não vem só do ramo da saúde, é da sociedade civil que quer uma perspectiva de futuro melhor”, afirmou.

O ministro da Saúde foi à USP para se reunir com 72 professores titulares de medicina da entidade que defendem medidas de isolamento social e a vacinação em massa da população.

Fonte: Rede Brasil Atual