Os números são impactantes: pesquisas mostram o crescimento de vítimas de feminicídio e agressões contra mulheres a cada ano no Brasil. De 2017 para 2018, por exemplo, a alta de feminicídios foi de 4%.

E por que #ElaNãoPediu? Simples: a campanha busca desmistificar frases reproduzidas pela sociedade, mas que são prejudiciais às próprias vítimas. Afinal, a mulher não apanhou por que “estava pedindo”, não pediu para sofrer violência psicológica, não pediu para ser impedida de exercer sua profissão, não pediu para ser humilhada, não pediu para ser afastada de amigos e familiares. Não. #ElaNãoPediu.

O lançamento tem como objetivo dar destaque ao Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado no dia 25. Mas a campanha tem três eixos:

– o primeiro é a produção de conteúdos que destrincham o problema e mostram caminhos possíveis para resolvê-lo;

– o segundo, a divulgação de uma websérie nas redes sociais da Catraca. Em quatro episódios, contamos histórias de mulheres vítimas da violência doméstica pelo Brasil e discutimos a questão a partir da análise de especialistas;

– o terceiro, a entrega, no dia 25, de uma ferramenta que centraliza programas de combate ao problema e também oferece, a partir de um quizz simples, caminhos para quem ainda não sabe que tipo de ajuda precisa para sair do ciclo da violência. São, inicialmente, 200 iniciativas, entre projetos do poder público e outros desenvolvidos pela sociedade civil, presentes nas 26 capitais e no Distrito Federal.

Ouvimos histórias de vítimas dessas agressões que, quase sempre, têm um mesmo padrão: um ciclo que se repete por muito tempo até que a mulher consiga perceber que vive um relacionamento abusivo e que, na maioria das vezes, vai precisar de uma rede de apoio para conseguir romper este ciclo e se libertar do agressor.

 

 FONTE: https://catracalivre.com.br/