O desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos ficou em 31,4% no 3º trimestre de 2020. É a maior taxa da série histórica com a atual metodologia, iniciada em 2012.

 

Afetado pela pandemia, o grupo demográfico tende a ser mais exigente com os governos em nível municipal, estadual e federal. A falta de experiência faz com que os jovens sejam os que mais sofrem com o reduzido número de vagas. Na população em geral, a taxa de desemprego é de 14,6%.

 

Os dados (íntegra) foram divulgados nesta 6ª feira (27.nov.2020) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

 

A maior desocupação por faixa etária é maior na classe ainda mais jovem, de 14 a 17 anos. Um jovem nessa faixa etária trabalha sob condições específicas. Pode atuar, por exemplo, como menor aprendiz.

 

Entre as pessoas de 25 a 39 anos, a taxa é de 14,2%.

 

Em todas as outras faixas etárias o percentual de desocupação é inferior à média geral. Na camada de 40 a 59 anos, a taxa é de 9,9%. Já entre as pessoas com mais de 60 anos, é de 5,1%.

 

DESEMPREGO POR UF

Houve alta na taxa de desemprego em 10 das 27 unidades da Federação. Nas demais, o quadro é estável. Os maiores percentuais foram registrados em:

 

Bahia: 20,7%;

Sergipe: 20,3%; e

Alagoas: 20%.

As menores foram observadas em Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%), Paraná (10,2%) e Rio Grande do Sul (10,3%).

 

DESIGUALDADE DE GÊNERO

O desemprego permanece acima da média entre mulheres (16,8%). Já entre os homens, a taxa é de 12,8%.

 

DESIGUALDADE POR COR

O IBGE informou ainda que o desemprego entre os negros é de 19,1%, acima da média nacional. Esse grupo é o mais presente nas faixas de pobreza e extrema pobreza. Os negros também moram com maior frequência em domicílios com algum tipo de inadequação.

 

A taxa de desocupação dos que se declararam brancos ficou abaixo da média nacional: 11,8%.

 

GRAU DE INSTRUÇÃO

O desemprego é enfrentado por 24,3% das pessoas com ensino médio incompleto.

 

Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa é de 17,1%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (7%).

 

Fonte: Poder360