De acordo com a reportagem do jornalista Carlos Eduardo Vasconcellos, do portal IG, a expectativa de chefes de estado é que o presidente faça uma autocrítica pelos altos índices de desmatamento entre 2018 e 2020 e apresente soluções imediatas para combater o problema no Brasil
Terá início nesta quinta-feira (22) a chamada Cúpula do Clima , evento que contará com a presença de 40 chefes de estado de todo o mundo, a convite do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir questões relacionadas ao Meio Ambiente.
O discurso de Bolsonaro , que deve ter cerca de três minutos , é aguardado com ansiedade pelos líderes mundiais. Pela primeira vez frente a frente com o presidente dos Estados Unidos, o mandatário brasileiro terá de convencer os líderes de que está realmente empenhado em reduzir o desmatamento ilegal no país.
Pressionado, Bolsonaro chegou até a enviar uma carta a Biden , na semana passada, em que promete zerar o desmatamento até 2030, além de reduzir gradativamente as emissões de gases de efeito estufa.
A promessa de longo prazo, porém, não foi suficiente para acalmar a pressão das lideranças internacionais, que esperam que Bolsonaro apresente iniciativas de curto prazo no evento desta quinta-feira.
Auxiliares presidenciais aconselharam Bolsonaro a “surpreender” o governo americano, superando o teor da carta enviada a Biden com propostas já para os anos de 2021 e 2022.
A expectativa é de que, em seu curto discurso, Bolsonaro faça uma autocrítica e apresente medidas imediatas como um aumento orçamentário a órgãos de fiscalização do desmatamento, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes).
Os dois primeiros anos do mandato de Bolsonaro foram marcados por altas taxas de desmatamento. A perda florestal saltou de 7,5 mil km², em 2018, para 10,1 mil km² em 2019 e 11,1 mil km² em 2020.
Fonte: Portal IG