Os casos de covid-19 estão subindo mais uma vez no Brasil e, com tantas variantes diferentes que já circularam em relação ao vírus original, muitas pessoas se perguntam: quais os sintomas da doença atualmente? Mudaram ou seguem os mesmos?

Para alguns especialistas, o aumento pode ser considerado uma nova onda da doença. Mesmo com a vacinação, ainda é possível pegar alguma variante, principalmente aquelas mais transmissíveis, como a ômicron.

De forma geral, as variantes não alteram a forma como a doença se manifesta - ainda assim, com a chegada da ômicron, dor de garganta passou a ser mais relatada como um sintoma. Com a chegada do inverno, pode ser difícil diferenciar alguns sintomas de gripe ou alergia daqueles de covid-19, mas alguns deles continuam sendo típicos da doença, como a perda de olfato ou paladar e falta de ar.

Nem todo o mundo que pega covid-19 apresenta os mesmos sintomas, algumas pessoas podem até ser assintomáticas, mas os mais comuns são os seguintes:

Febre ou calafrios Tosse seca Dificuldade de respirar/falta de ar Cansaço Dores musculares Dor de cabeça Perda de olfato e/ou paladar Dor de garganta Congestão nasal ou nariz escorrendo Náusea e vômitos Diarreia.

Pesquisas têm mostrado que duas doses de vacina causam uma redução no tempo de duração de sintomas, que também é diferente em casos de outras doenças com sintomas similares. Outra observação do estudo foi que pacientes com a ômicron se recuperam dentro de uma semana, em média. Também por causa dos imunizantes, os sintomas tendem a ser um pouco mais leves.

Um estudo mostrou que a perda de olfato é menos comum entre quem foi infectado com a variante ômicron do que quem pegou a delta, já a dor de garganta foi mais presente entre pacientes com a ômicron do que com outras variantes. Casos mais graves, que precisaram de hospitalização, também foram menos frequentes entre quem foi infectado com a ômicron.

Entre sintomas de quadros graves estão a falta de ar, a perda de apetite, confusão, dor persistente ou pressão no peito e temperatura acima de 38°C, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Outros indícios graves, mas menos comuns, são irritabilidade, consciência reduzida, ansiedade, depressão, distúrbios do sono e complicações neurológicas, como AVC.

Segundo o CDC (centro de controle de doenças dos EUA), os sintomas de covid-19 podem surgir de dois a 14 dias após a infecção. Entre pacientes com a variante ômicron, os sintomas podem surgir em até três dias após a infecção.

Febre, cansaço e tosse seca são os sintomas mais comuns, e é frequente estarem associados a perda de paladar ou olfato, congestão nasal, conjuntivite, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, erupções cutâneas, náusea, vômito, diarreia, calafrios ou tonturas.

Pessoasl de todas as idades que apresentarem sintomas de febre e tosse associado a falta de ar ou dificuldade de respirar e dores no peito devem procurar atendimento médico.

 

Cepas

Foi observado que há pelo menos duas subvariantes da ômicron: BA.1 e BA.2. A principal diferença entre elas é que a BA.2 é mais transmissível e pode afetar pessoas mais jovens do que a BA.1. 

Os sintomas das duas cepas observados até agora, no entanto, são os mesmos.

 

Como aliviar os sintomas?

Fernando Bellissimo-Rodrigues, médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo), diz que, na presença de sintomas leves, como coriza ou dor de garganta, o atendimento médico é desnecessário.

Para aliviar o incômodo dessas manifestações, você pode utilizar medicamentos de venda livre como a dipirona ou o paracetamol, descongestionantes (desde que não haja contraindicação específica para esse medicamento), xaropes para controlar a tosse e até antialérgicos, especialmente indicados para quem tem rinite, que pode ser descompensada pela infecção de covid.

 

Fonte: UOL