Durante uma live realizada na tarde desta terça-feira (14), os presidentes das seis centrais sindicais abordaram as ações que os sindicatos estão fazendo na defesa dos interesses dos trabalhadores nesse momento de crise sanitária. 

 

Ricardo Patah ressaltou que é importante defender a medida de quarentena adotada em muitos estados brasileiros, sem deixar de enfatizar e zelar pela saúde de trabalhadores considerados essenciais e que, inevitavelmente, estão na linha de frente no enfrentamento a essa pandemia, destacando motoboys, padeiros, motoristas e cobradores de ônibus, trabalhadores de supermercado e o pessoal do asseio e conservação, que fazem parte da base ugetista, entre outros de suma importância nesse momento.

 

O presidente da UGT reforçou que o coronavírus potencializou a 4ª Revolução Industrial e que, a partir de agora, a relação capital trabalho terá de se reinventar, encontrando alternativa de superação. “Precisamos ampliar o olhar para o trabalhador, pois o ser humano é mais valioso que as máquinas. O home office vai ser mais usado, precisamos buscar alternativas que não precarizem o trabalho assim que passar essa pandemia”, disse Patah.

 

Ricardo relembrou o ótimo trabalho que o movimento sindical vem fazendo desde que passou a vigorar a lei trabalhista de 2017, quando muitos trabalhadores voltaram a participar dos seus sindicatos, e ressaltou que este momento de coronavírus reforçou a necessidade de fortalecer as instituições sindicais para ampliar a defesa dos interesses dos trabalhadores.

 

Entre os temas abordados, os sindicalistas debateram as medidas adotadas pelo poder público no enfrentamento a essa crise, a falta de um discurso unificado do governo federal, a necessidade da quarentena, o home office e o futuro dos trabalhadores que hoje estão sendo beneficiados por acordos coletivos emergenciais, com a manutenção de seus postos de trabalho, mas estão tendo seus salários reduzidos. 

 

O encontro virtual, mediado pelo sociólogo e professor universitário Clemente Ganz Lúcio, contou com a presença de Ricardo Patah, União Geral dos Trabalhadores (UGT); Adilson Araújo, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB); Antônio Neto, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Miguel Torres, Força Sindical (FS); Sergio Nobre, Central Única dos Trabalhadores (CUT); e José Calixto Ramos, Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).