Na guerra do crédito habitacional, o grande vencedor é o consumidor, que passou a ter acesso a financiamentos com taxas de juros mais baixas. Desde o meio do ano, os cinco maiores bancos do país — Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander — estão em uma ofensiva de redução das taxas cobradas no financiamento imobiliário, em uma disputa para oferecer as melhores condições do mercado. A taxa média do mercado (incluindo crédito com recursos do FGTS, da poupança e os demais) foi de 7,6% em setembro, abaixo dos 8,3% que eram cobrados no início deste ano, segundo dados do Banco Central. É um movimento que acompanha a redução da taxa Selic de 6,5% para 5% ao ano, com perspectivas de novos cortes. Mas como ficou a situação entre os protagonistas dessa guerra ao fim do primeiro round, que foi o período entre julho e setembro? O 6 Minutos analisou os resultados do terceiro trimestre dos cinco maiores bancos e conta para você: os bancos privados tiveram um crescimento maior do que os públicos na concessão de novos empréstimos habitacionais para pessoa física. Mas é preciso fazer uma ressalva: o volume de crédito da Caixa ainda é muito maior do que o dos três maiores bancos privados. Ou seja, a base de comparação dos privados é menor e facilita o crescimento em termos percentuais. A briga está apenas começando.
Vamos aos números:
A Caixa manteve a sua liderança folgada na carteira de crédito imobiliário para famílias do país no terceiro trimestre: o banco estatal tinha uma carteira de crédito de R$ 456,3 bilhões. Teve uma expansão de 0,9% em relação ao segundo trimestre (quando estava em R$ 452,3 bilhões) e de 3,6% ante o mesmo período do ano passado.
O Banco do Brasil teve o desempenho mais fraco entre os cinco maiores bancos. A sua carteira de crédito para habitação totalizava R$ 49,261 bilhões no terceiro trimestre, com ligeira queda de 0,1% em relação ao segundo trimestre (R$ 49,318 bilhões). Mas houve crescimento de 2,7% ante o mesmo período de 2018.
O Bradesco encerrou o terceiro trimestre com uma carteira de financiamento imobiliário para pessoa física de R$ 42,931 bilhões, com crescimento de 4% em relação ao segundo trimestre (quando o montante emprestado era de R$ 41,282 bilhões) e de 15,9% na comparação com o mesmo período de 2018.
No Itaú Unibanco, maior banco privado do país, a carteira de crédito habitacional (para pessoa física) tinha R$ 44,8 bilhões no terceiro trimestre. A carteira cresceu 2% em relação ao segundo trimestre (era de R$ 44 bilhões) e 8,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O Santander é o grande banco com a menor carteira de crédito para financiamento imobiliário de pessoa física. Chegou ao fim do terceiro trimestre com um estoque de R$ 35,490 bilhões, com um avanço de 4,5% em relação ao segundo trimestre (quando era de R$ 33,962 bilhões) e de 12,7% na comparação anual.
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