Apesar do e-commerce ter sido uma boa opção de compras durante o período de distanciamento social da pandemia da Covid 19, consumidores do mundo todo tem sido, cada vez mais, vítimas de fraudes. De acordo com recente estudo encomendado pela ClearSale, empresa de prevenção de risco, somente no primeiro semestre de 2022 o país registrou mais de 2,8 milhões de tentativas de fraude, 9% a mais em relação ao mesmo período de 2021.
As fraudes mais comuns são as clonagens de cartões de crédito. Quadrilhas especializadas em golpes virtuais roubam dados de terceiros e realizam compras em sites e aplicativos, um crime ainda muito difícil de contestar. Por isso, segundo a PSafe, empresa de segurança digital, 68% dos consumidores brasileiros ainda têm medo de comprar no e-commerce, um temor compreensível diante do tamanho do prejuízo financeiro destas vítimas. Os especialistas dizem ainda que é preocupante a quantidade de novos sites de compras falsos, que nunca entregam o que “vendem”, e ainda clonam cartões.
Prefira a rua
Para evitar as aglomerações nos grandes centros comerciais das cidades durante datas especiais, como o Dia dos Namorados, os consumidores que preferiram fazer suas compras online nesta data foram surpreendidos com uma amarga surpresa este ano. Segundo o estudo, houve um aumento de 17,5% em fraudes durante o mês de junho, 10% a mais se comparado com o ano passado. Apesar disso, ainda são poucas as empresas que de fato investem em segurança digital e, pior que isso, muitas sequer oferecem um suporte adequado aos clientes lesados pelas fraudes, como nas lojas físicas, por exemplo, onde há sempre um responsável pela qualidade do atendimento.
O corpo jurídico do Sindicato dos Comerciários de Jundiaí e Região, que defende os empregos no comércio físico, recebe por meio de seus associados relatos de consumidores vítimas de golpes virtuais que, depois de passarem pelo constrangimento, preferem comprar “na rua”, como conta o presidente da entidade, Milton de Araújo, preocupado com a incidência destes crimes durante as festas de fim de ano, quando os consumidores ficam ainda mais expostos: “O contato olho no olho ainda é a melhor opção para quem procura segurança e a garantida de levar para a casa sua compra, sabendo que seus dados estão protegidos. Além disso, por mais modernos que sejam os sistemas online, nada melhor que tocar no produto, provar a roupa, o sapato, e ouvir a opinião do vendedor. Essa relação tem de ser preservada, pois além de manter os empregos, garante a segurança do consumidor brasileiro”, alerta o dirigente.
Fonte: Portais ClearSale e ecommercebrasil