O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD – indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego) subiu 3,2 pontos para 99,6 pontos

 

Para o economista da FGV IBRE, Rodolpho Tobler a velocidade da retomada da economia brasileira após o fim dos benefícios do governo previstos no pacote de emergência serão um grande desafio.  Sua conclusão se ampara nos dados do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas, que apontam recuo de 0,4 ponto em novembro, para 84,5 pontos, o primeiro recuo do indicador, após seis altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp subiu 3,2 pontos, para 83,8 pontos.

 

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD – indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego) subiu 3,2 pontos para 99,6 pontos, maior nível desde maio de 2020.

 

“A significativa alta do ICD sinaliza piora na percepção sobre o mercado de trabalho. Com esse resultado é possível imaginar aumento da taxa de desemprego nos próximos meses. Após o pior momento da pandemia, há um movimento de pessoas voltando ao mercado de trabalho e encontrando dificuldades para obter emprego. Essa pode ser uma tendência para os próximos meses considerando a cautela das empresas em contratar diante da elevada incerteza”, de acordo com Tobler.

 

Destaques do IAEmp e ICD

 

Três dos sete componentes do IAEmp registraram alta em novembro, com destaque para o indicador de Tendência dos Negócios da Indústria, que subiu 7,8 pontos no mês.

 

No mesmo período, o ICD registrou alta em todas as quatro faixas de renda familiar. A maior contribuição para o resultado foi dada pela classe familiar com renda até R$ 2,1 mil, cujo indicador de Emprego local atual (invertido) variou positivamente 6,2 pontos na margem.

 

FGV Ibre