Segundo o relatório Cenário da Infância e Adolescência no Brasil (2019), da Fundação Abrinq, 47,8% das crianças e dos adolescentes de 0 a 14 anos vivem em condição domiciliar de baixa renda, ou seja, são de famílias pobres ou extremamente pobres.
Isso significa que mais de 20 milhões de pessoas com 14 anos ou menos pertencem a famílias com renda per capita mensal de até meio salário mínimo.
Desse total, quase 9,5 milhões vivem em condição de extrema pobreza: com renda per capita de até um quarto do salário mínimo.
O relatório aponta outros problemas que prejudicam o desenvolvimento destas crianças ainda na primeira infância, como a falta de saneamento básico, o difícil acesso à água potável e à educação.
Outro levantamento, de 2017, realizado pelo Observatório da Primeira Infância, plataforma da Rede Nossa São Paulo, apontou que 10% da população infantil de 0 a 6 anos da capital paulista vive em situação de vulnerabilidade social.
Estudos indicam que vínculos familiares e ambientes saudáveis são essenciais para o desenvolvimento de crianças dentro desta faixa etária.
Neste cenário, como o Brasil vem atuando para criar políticas públicas para primeira Infância? Quais são os obstáculos encontrados?
Para falar sobre o assunto, recebemos, no programa de TV desta quarta-feira (10/07), Ana Estela Haddad, livre-docente e professora associada da Universidade de São Paulo, pesquisadora em políticas públicas no Núcleo Escola da Metrópole do Instituto de Estudos Avançados da USP e responsável pela formulação e implementação da política municipal São Paulo Carinhosa para a primeira infância.
O programa também teve o quadro ‘Você Conhece? ’, que contou a história de Margarida Maria Alves, sindicalista e defensora dos direitos humanos, que foi assassinada por lutar pelos direitos básicos dos trabalhadores rurais.
Fonte: Observatório do Terceiro Setor