O dia 13 de maio é comumente reconhecido como o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, marcado pela assinatura da Lei Áurea, em 1888, pela princesa Isabel. Contudo, essa data carrega consigo uma complexidade que no faz compreender que a abolição não foi fruto de um gesto de bondade da monarquia brasileira, mas sim resultado de intensas pressões políticas e econômicas.
A verdade é que a luta pela abolição foi longa e sangrenta, protagonizada por inúmeros heróis negros que raramente são lembrados com a devida reverência. Figuras como Zumbi dos Palmares, Dandara, e Luís Gama não apenas lutaram contra a opressão física da escravidão, mas também contra um sistema que buscava apagar suas identidades e culturas.
A libertação veio como um último recurso de um império em crise, e não como um presente benevolente.
Atualmente, o 13 de maio foi recontextualizado como a data nacional de Combate e Denúncia contra o Racismo. Isso reflete uma mudança significativa na maneira como essa data é percebida, transformando-a de uma celebração superficial em um dia de reflexão e ação. É um momento para reavaliar as estruturas sociais que perpetuam desigualdades e para intensificar o combate ao racismo, que ainda se faz tão presente em nossa sociedade.
Assim, ao invés de simplesmente celebrar, devemos usar este dia para reafirmar nosso compromisso com a justiça e a igualdade racial.