A taxa de desemprego atingiu seu nível mais baixo desde 2015, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo IBGE. No trimestre encerrado em maio de 2023, a taxa de desocupação foi de 8,3%, registrando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023.
Segundo os dados, essa redução no desemprego foi impulsionada principalmente pela diminuição do número de pessoas em busca de trabalho, e não por um aumento significativo de novos empregos. A população desocupada totalizou 8,9 milhões de pessoas, uma queda de 3,0% em relação ao trimestre anterior e uma redução de 15,9% em comparação com o mesmo período de 2022.
Em contrapartida, o número de pessoas ocupadas permaneceu estável em 98,4 milhões, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior, mas com um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. Houve algumas diferenças pontuais entre os setores econômicos, com uma queda no número de trabalhadores na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e um aumento na Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
No que diz respeito ao mercado de trabalho formal, o número de empregados com carteira assinada aumentou 3,5% em relação ao ano anterior, chegando a 36,8 milhões de pessoas. Já os empregados sem carteira assinada no setor privado mantiveram-se estáveis em 12,9 milhões de pessoas. Por sua vez, o contingente de trabalhadores por conta própria ficou estável em 25,2 milhões.
A taxa de informalidade, que engloba trabalhadores sem carteira assinada e trabalhadores por conta própria, alcançou 38,9% da população ocupada, totalizando 38,3 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou uma redução em comparação com o mesmo período de 2022.
Além disso, a pesquisa também apontou uma queda na taxa composta de subutilização, que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial. A população desalentada, ou seja, aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego, também apresentou uma redução significativa.
Em relação aos rendimentos, houve estabilidade no trimestre, mas um aumento de 6,6% em comparação ao ano anterior. O rendimento médio real habitual alcançou R$ 2.901, enquanto a massa de rendimento totalizou R$ 280,9 bilhões.
Esses dados indicam uma melhora no mercado de trabalho brasileiro, com uma redução na taxa de desemprego e um aumento nos rendimentos. No entanto, ainda são necessárias medidas e políticas públicas para garantir a continuidade desse cenário positivo e promover uma recuperação econômica sustentável.
Fonte: Rádio Peão Brasil