Entidade pretende contribuir para o debate sobre segurança pública e apresenta alternativas para os candidatos à prefeitura da capital paulista
O Instituto Sou da Paz lançou, na última semana, a agenda “São Paulo Mais Segura: por uma cidade que protege todos” com propostas de políticas públicas que podem ajudar na redução da violência na capital paulista. O objetivo da entidade é contribuir para o debate sobre segurança pública e apresentar alternativas para os candidatos à Prefeitura.
A agenda possui cinco eixos de ações: a gestão da segurança cidadã; a Guarda Civil Metropolitana (GCM); a violência contra a mulher; o uso abusivo de drogas; e o investimento em políticas para adolescentes e jovens. As propostas visam identificar dinâmicas de vulnerabilidade nas diferentes camadas da sociedade.
O gerente de advocacia do Sou da Paz, Felippe Angeli, explica que o instituto que incentivar políticas de segurança pública para além do âmbito policial. “Não pode mais rotular o problema de segurança apenas neste aspecto. É fundamental que União, estados e municípios se apropriem deste debate, mas para além do tema policial, abordando também os outros muitos elementos que compõem todas as dimensões de segurança pública”, afirmou à Rádio Brasil Atual.
Redução de danos
A agenda fala sobre os problemas que envolvem a região da Cracolândia, no centro da capital paulista. O local possui centenas de dependentes químicos do crack e que vivem como constante alvo da polícia. O Sou da Paz defende que o próximo prefeito da capital adote estratégias e abordagens individualizadas.
“As drogas não são um problema de polícia, é importante deixar claro que cada usuário tem uma situação particular com a substância. Na região da Cracolândia, por exemplo, é além do abuso de drogas, mas uma questão de vulnerabilidade social muito grande”, afirma Angeli.
Outro ponto abordado no projeto do Sou da Paz é a violência contra a mulher. A agenda levanta três pontos importantes: cuidado durante a primeira infância; investimento em educação infantil; e melhorias em serviços de saúde básica. De acordo com o projeto, ampliar esses pilares garante a independência da mulher e aumenta a identificação de agressões.
“É fundamental falar sobre prevenção de crime. Quando falamos de violência contra a mulher, não adianta o Estado chegar depois do crime, porque o importante é proteger a integridade física dela e dar autonomia para que possa se afastar do agressor”, acrescenta Felippe.
Fonte: Rede Brasil Atual