Na Mídia

O trágico incêndio e desabamento de um prédio ocupado no centro de São Paulo chocou a todos, menos as autoridades responsáveis. João Dória chegou a afirmar que o prédio abrigava bandidos. Mentiu sobre uma realidade chocante. Os moradores de ocupação no centro são pessoas que não tem recursos sequer para pagar aluguel, e refugiados de diversos países, principalmente africanos.

O que o desabamento deixou a nu, e o ex-prefeito candidato a governador tenta esconder, é falta de moradia, um problema crônico no Brasil.

Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta (3), revela que o Brasil tem um déficit habitacional de 7,757 milhões de moradias. O dado é de 2015, o mais recente, e tem como base a Pesquisa Nacional Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.

O estudo revela que a maior parte do déficit habitacional é provocado por famílias com um grande comprometimento da renda com o pagamento de aluguel (3,27 milhões) e pela coabitação - famílias dividindo o mesmo teto (3,22 milhões).

Estados

Os dados apontam que São Paulo possui o maior déficit absoluto, de 1,61 milhão de moradias. O Maranhão tem o maior déficit relativo - falta moradia para 23,1% das famílias.

No corte por regiões, o Sul lidera o aumento do déficit habitacional entre 2009 e 2015: 18%. Em seguida vem Sudeste, com 12%, e Centro-Oeste, com 8,1%. Norte (-2%) e Nordeste (-2,6%) registraram queda.

Baixa renda

A pesquisa indica que as famílias de baixa renda - 91% estão no estrato até três salários mínimos - são as mais afetadas com a falta de habitação.  

Há dois anos viviam em extrema pobreza no Brasil 13,34 milhões de pessoas. Em 2017, esse número pulou para 14,84 milhões – 11,2% a mais do que no ano anterior. Em apenas um ano, mais de um milhão de brasileiros passaram a viver na miséria.

Em 2016, a população brasileira que vivia na miséria era 6,5%. Este índice subiu para 7,2%, no ano passado.

A crise econômica, o desemprego e a reforma trabalhista, que precarizou as relações de emprego, diminuindo a formalização e aumentando a informalidade são as causas do aumento da extrema pobreza, segundo a LCA Consultores, que analisou a pesquisa PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostra que o número de pessoas que tiveram renda de trabalho em 2017 foi 310 mil menor do que em 2016 – o recuo é de 1,36%.

A renda dos brasileiros mais pobres caiu em todo o país, em especial na Região Nordeste, onde estão concentrados 55% dos brasileiros mais pobres do país.

Só em 2017, cerca de 800 mil nordestinos passaram a viver na pobreza extrema – no total, 8,1 milhões estão na miséria, principalmente, nos estados da Bahia e Pernambuco.

No Sudeste não foi diferente. O índice de extrema pobreza na Região cresceu 13,8% – já são quase 4 milhões de pessoas na miséria.

A crise econômica atingiu, principalmente, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que viram sua população empobrecer ainda mais do que as de Minas Gerais e Espírito Santo.

Concentração de renda

A parte mais pobre da população brasileira viveu no ano passado com R$ 40 por mês. Em 2016, o valor era de R$ 49 – uma perda de 18% nos rendimentos.

Já a parcela 1% mais rica da população vive com ganhos acima de R$ 15 mil mensais e perdeu menos ( 2,3%).

A minoria super-rica, formada por apenas 10% dos brasileiros, concentra 43,3% da renda total do país, enquanto os 10% mais pobres sobraram apenas 0,7% da renda total.

Como é feito o cálculo

O cálculo da pobreza extrema considera todas as fontes de renda – trabalho, Previdência, pensão, programas sociais, aluguéis e outras fontes.

A Consultoria LCA levou em consideração a linha de corte do Banco Mundial para países, como os da América Latina, de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia, o equivalente a R$ 133,72 mensais em 2016, e atualizada para R$ 136 em 2017.

A Polícia federal pediu quebra de sigilo telefônico de Temer e dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Eles são alvo de uma investigação que apura pagamento de propina a integrantes do MBD. A PF quer encontrar provas de repasse já comprovado de R$ 10 milhões da Odebrecht ao partido.

Mas o pesadelo de Temer não para por ai. Ele deve estar com saudade do tempo em que a única de suas falcatruas encontradas era a mala com propina de R$ 500 mil da JBS. Agora também está em investigação as revelações de uma planilha e extratos bancários do coronel aposentado João Baptista Lima, amigo pessoal de Temer e apontado como seu “faz-tudo”.

Os documentos apontam cerca de R$ 20,6 milhões em contas de empresas do coronel, mais R$ 3,04 milhões estão em uma conta dele próprio. Além disso a PF investiga a suposta atuação de Lima como um intermediário de propina do presidente da República.

O dinheiro está, de acordo com os documentos, em contas correntes e investimentos em nome do coronel (pessoa física), da PDA Projeto e Direção Arquitetônica LTDA e da PDA Administração e Participação LTDA.

Há ainda uma segunda planilha, que detalha os tipos de investimentos. No caso do coronel, ele tem, de acordo com as anotações, dinheiro aplicado em letras de crédito imobiliário e em renda fixa.

A PF agora tenta investigar qual é a origem de todo dinheiro identificado e se esse valor foi arrecadado por meio de serviços lícitos.

Os documentos integram o inquérito que apura se houve pagamento de propina em um decreto do setor portuário, editado pelo governo Temer em maio de 2017.

O coronel Lima já foi alvo duas vezes de operações da PF. A última foi em março deste ano, quando ele chegou a ficar preso por alguns dias.

A primeira, em maio do ano passado, decorreu de delação da JBS, quando a polícia também encontrou documentos ligados a uma reforma na casa de Maristela, uma das filhas de Temer. Um dos fornecedores da reforma de Maristela afirmou ter recebido em dinheiro vivo pagamentos pelos produtos, todos das mãos de Maria Rita Fratezi, mulher de Lima. O coronel até hoje não se pronunciou à PF sobre as suspeitas.

A principal linha de apuração é de que o presidente lavou dinheiro de propina em transações imobiliárias e em obras em casas de familiares. Temer nega as suspeitas, obviamente.

Com informações da Folha de São Paulo

O aumento de empregos com baixa remuneração aprofunda o cenário de precarização enfrentado pelo trabalhador brasileiro no governo de Michel Temer.

Segundo o Cadastro de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho (Caged) as vagas formais que cresceram foram aquelas com remunerações de até dois salários mínimos. No início de 2008, as vagas formais geradas eram de até quatro salários e também de sete a dez salários.

As estatísticas desmentem o “crescimento da economia” e as “boas perspectivas” pregadas pelo governo e analistas oficiais. Ao lado dos números do Caged, vêm os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que, no dia 27 de abril, apontou novo aumento na taxa de desemprego constatada no primeiro trimestre de 2018. Mais 1,4 milhão de pessoas ingressaram na fila do desemprego, que agora passa de 12,3 milhões de pessoas desempregadas para 13,7 milhões.

“O mercado de trabalho tende a responder um período depois. Primeiro, há, por exemplo, aumento nas vendas, depois no emprego”, justificou à Folha de S. Paulo a economista Vivian Almeida, professora do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Bruno Ottoni, pesquisador do iDados e Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), confirmou que o impacto da crise recai mais sobre os menores salários. 

O Caged mostra que a região nordeste é que lidera o aumento das vagas de baixa remuneração. Ainda de acordo com Bruno, isso acontece porque os salários nessas regiões já são baixos. “Assim o valor do salário mínimo fica mais custoso para o empregador.” Traduzindo: Na hora da crise, o que já está rebaixado fica mais rebaixado ainda. 

Em recente entrevista ao Portal Vermelho, o economista Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília (UnB), ressaltou que o trabalhador está fazendo qualquer coisa para sobreviver. “Se ‘penduram’ onde é possível, já que o emprego é mais importante para a sobrevivência delas do que eventualmente o nível de remuneração ou as garantias que um emprego formal poderia oferecer”, afirmou ao analisar ao dados do IBGE.

Clemente Ganz , diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), explicou em artigo publicado neste mês que a queda dos salários pode refletir na redução da massa de rendimentos da economia. “O trabalhador, ao vivenciar a instabilidade de trabalho e renda, deve postergar o consumo de alguns bens, além de ter mais dificuldade para conseguir crédito ou empréstimo.” 

De acordo com Clemente essa dinâmica afeta o consumo das famílias e consequentemente prejudica o nível de produção interna, que não aumenta, e atinge negativamente o crescimento do país. “Para os trabalhadores de baixa renda, a perspectiva é que mais pessoas de uma família deverão trabalhar e de forma intensa, mas nem por isso conseguirão ganhar e gastar mais.”

Piscielli definiu como “fajuto” o discurso do governo de que há uma recuperação lenta. Na opinião dele, se o governo quisesse investir na retomada da economia aumentaria o nível de investimentos públicos. “Quando o governo anuncia esses programas de privatização da Petrobras e Eletrobras, duas empresas-chave dentro do aparato governamental e que são fundamentais na definição de políticas públicas, ele não está impulsionando [a economia e o mercado]. E sem esse impulso, sem uma alavancagem governamental, o setor privado não irá fazer novos investimentos e dificilmente o empresário vai sair na frente e gerar novos empregos”, explicou.

Fonte: Portal Vermelho

Díaz-Canel completa 58 anos no dia 20 de abril e já ocupou diversos cargos na direção do país; Raúl permanece como secretário-geral do Partido Comunista de Cuba.

Miguel Díaz-Canel foi eleito nesta nesta quinta (19/04) o novo líder do país em substituição a Raúl Castro, que deixa o poder após cumprir dois mandatos no cargo.

Díaz-Canel foi eleito pela Assembleia, órgão legislativo cujos deputados, escolhidos pela população, tomaram posse na quarta (18/04). A Assembleia é a responsável por eleger, por sua vez, o Conselho de Estado, o organismo diretivo do país.

O Conselho é formado por 31 deputados – e o presidente do órgão, eleito pela assembleia, se torna, também, presidente do país. Além dele, fazem parte do conselho um primeiro-vice-presidente, mais cinco vices, um secretário e mais 23 deputados. Díaz-Canel ocupava, até ontem, o cargo de primeiro-vice-presidente.

O agora ex-presidente Raúl Castro, no entanto, continuará como secretário-geral do Partido Comunista de Cuba, cargo que ocupa desde 2011 e no qual deve ficar até 2021.     

A eleição de Díaz-Canel acontece em um dia simbólico para o pais: este 19 de abril marca o 57º aniversário da vitória na tentativa de invasão da baía dos Porcos, ocasião em que um grupo paramilitar treinado e armado pela CIA tentou invadir a ilha para derrubar Fidel Castro.

Quem é o novo presidente de Cuba

Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez, nascido em 1960, é engenheiro eletrônico de formação e professor universitário em Villa Clara. Desde 2003, faz parte do Birô Político do país. Ele é o primeiro dirigente cubano nascido após a Revolução de 1959 a atingir altos cargos na direção do país.

Em 2009, foi nomeado ministro da Educação Superior por Raúl Castro. Deixou o cargo para assumir a Primeira-Vice-Presidência do país, em 2012. Nesta sexta (20/04), ele completa 58 anos de idade.

O agora presidente já afirmou, em diversas oportunidades, que a mudança na direção do país significaria uma continuidade das políticas estabelecidas após a Revolução Cubana. "Sempre haverá presidente em Cuba defendendo a Revolução, e serão companheiros que sairão do povo", disse, em novembro.

Fonte Opera Mundi

Com base nas pesquisas nacionais do Datafolha, as mulheres que se auto classificam negras totalizam quase 10% da população adulta do país. Se somadas às que se dizem pardas, chegam a 31%, o que corresponde, segundo projeções sobre dados de 2017 do IBGE a, aproximadamente, 50 milhões de brasileiras.

São a maioria das mulheres do país e têm renda muito baixa: 58% delas ganham até dois salários mínimos contra 48% da população. Também apresentam baixo índice de escolaridade. Só 17% do conjunto tem nível superior.

Mulheres negras e pardas apresentam taxas de escolaridade inferior às que se dizem brancas, mas participam mais da população economicamente ativa, especialmente no mercado informal.

Para as eleições deste ano, elas integram um dos conjuntos que mais apoiam Lula (PT) presidente. Na pesquisa de dezembro de 2017, menções ao petista superavam a média em aproximadamente 10 pontos percentuais.

No mesmo levantamento, a reprovação a Michel Temer (MDB) nesse estrato alcançava 81%, índice que superava em 10 pontos percentuais a média da população em geral e também o segmento de homens que se diziam negros e pardos.

Elas são um dos segmentos sociais que mais identificavam pioras na economia nos últimos meses de 2017.

A representatividade sociológica "por espelho", simbolizada na figura da vereadora Marielle, assassinada no Rio no dia 14 de março, a acopla nesse segmento. A vereadora, no entanto, se descolou do grupo em escolaridade, completando o nível superior e indo além.

Mas a comoção em relação à morte de Marielle não se resume à correlação de seu perfil com o emaranhado de dados sociodemográficos. Explica-se também pela personificação de algo raro no cenário político —a vereadora representava interesses de seus eleitores.

Mesmo com votação expressiva em áreas ricas do Rio, suas bandeiras de campanha eram claras e atendiam principalmente às demandas das mulheres que espelhava. Na pesquisa de dezembro do ano passado, por exemplo, nenhum outro segmento da população concordava tanto com a frase "a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas".

Entre as que se auto classificavam negras e pardas, 67% defendiam a posição, índice que ia a 63% entre mulheres brancas, a 49% entre homens negros/pardos e a 40% entre brancos.

No levantamento feito pelo Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública em julho do ano passado, as mulheres brasileiras de um modo geral eram as que mais tinham medo da violência.

Entre as que se declaram negras e pardas, no entanto, mais do que entre as brancas, destacam-se o pavor pela violência policial, por acusações de crimes que não cometeram e a prisão injusta de seus filhos.

Os índices de temor superavam inclusive os observados entre os homens negros e pardos, maiores vítimas dessas ofensas.

Há 20 anos, em rodada de pesquisas qualitativas, o Datafolha concluía que o eleitor brasileiro, de um modo geral, buscava para presidente uma combinação da origem humilde de Lula e a formação acadêmica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A personificação desses atributos numa mulher negra pode ter ameaçado os que temem uma democracia plena.

 

Com informações da Folha de São Paulo 

O volume do setor de serviços recuou 1,9% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2017, segundo dados divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, a queda veio depois de duas altas consecutivas: 1% em novembro e 1,5% em dezembro.

O volume de serviços também apresentou quedas de 1,3% na comparação com janeiro de 2017 e 2,7% no acumulado de 12 meses.

Quatro dos seis segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram queda de dezembro de 2017 para janeiro deste ano. A maior queda ficou com os transportes, serviços auxiliares dos transportes e correios (3%). Os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 1,4%.

Também tiveram quedas os serviços prestados às famílias (0,6%) e serviços de informação e comunicação (-0,2%).

Por outro lado, os outros serviços avançaram 3,8%. E as atividades turísticas tiveram crescimento de 0,3%.

Dezoito das 27 unidades da federação tiveram queda. O maior recuo foi observado em Roraima (21,6%). No Maranhão, o volume de serviços permaneceu estável. Oito estados tiveram alta, com destaque para o Ceará, com crescimento de 19,4%.

Fonte: Portal UGT

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