Durante os 2 primeiros governos Lula uma crítica que sempre pautou a gestão era de que a classe média é quem pagava a conta pela tão clamada justiça social brasileira.

Na disputa que culminou na eleição da frente que derrotou a mitomania e o desapreço pela humanidade, ainda no programa de governo, a taxação dos super-ricos esteve em pauta.

Governo eleito, reforma tributária em andamento, logo veio a decisão do governo de tributar fundos exclusivos e offshores dos super--ricos do país para que haja equidade na balança da contribuição e taxação entre ricos e pobres.

Para investir nesses fundos é preciso de R$10 milhões em dinheiro vivo, não em patrimônio.

Dádiva para apenas 2,5 mil brasileiros, que estão nessa condição, ou seja 0,001% da população.

2,5 mil brasileiros que concentram R$756,8 bilhões, o que só comprova a profunda desigualdade social do país, onde o 1% mais rico, detém 50% da renda patrimonial brasileira.

A taxação dos super-ricos chega a R$24 bilhões até 2026, o que representa a construção de 1,2 milhão de moradias pelo Minha Casa Minha Vida; 60 mil unidades básicas de saúde; 160 mil creches; e 2 mil escolas.

Enfim, para um estado de bem estar social, taxar bilionários e fortunas que se escondem nos paraísos fiscais é de extrema necessidade e justo.

Uma minoria que acumula tanto e uma imensa maioria que sobrevive não deve ser aceitável e mudar essa realidade é necessário.

Somado a isso, a valorização do salário mínimo, a mudança na politica de reajustes dos combustíveis, o combate à inflação e outras ações do governo nos ajuda a explicar os resultados das pesquisas, onde classificam positivamente o

desempenho “ótimo” ou “bom” do presidente Lula (PT).

Aliás, a avaliação positiva do governo Lula teve crescimento na capital paulista, onde vemos desastres em diversas áreas, dentre elas a privatização da Sabesp, desaguando no desastre na Educação, com a ideia de digitalizar o ensino, contrariando a opinião de diversos especialistas. E na volúpia de querer ser vanguarda no projeto de sucessão presidencial, lança um material didático carregado de erros, classificado de “raso, superficial, enfadonho e prejudicial”, pela Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos.

Proposta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), os materiais apresentavam erros de português, informações incorretas e falta de aprofundamento em diversos conteúdos.

Ou seja, trata a educação da nossa juventude dessa maneira, onde a máxima de deseducar para controlar fica estampada.

Juventude que amarga o subemprego, a informalidade e a precarização e demanda de uma formação de qualidade para ocupar vagas de trabalho decentes.

Levantamento obtido na pesquisa “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras” aponta que cerca de 27% dos jovens de 14 a 29 anos fazem parte da população “sem-sem”, grupo das pessoas que estão sem oportunidade de estudar e trabalhar. Sobrevivem de bicos, da informalidade, ou da ajuda de familiares e vizinhos, ‘só sobrevivem’. E isso piora quando levamos em conta sexo e cor da pele, pois para mulheres e negros/as a situação se agrava.

O mesmos erros que víamos em esfera federal e desejávamos nunca mais presenciar após a saída do “mito”, são reproduzidos em escala proporcional em nosso estado, o que nos resta é esperar que nem tudo fique “jóia”.