O 07 de setembro se aproximando, várias manifestações sendo organizadas por todo Brasil.

Umas em repúdio, outras em apoio ao governo do senhor Jair Messias Bolsonaro.

 

Difícil, pois fazendo um raio-x desse momento fica indefensável qualquer ação em apoio aos envolvidos. Já somamos quase 15 milhões de desempregados, adentramos novamente ao mapa da fome e apesar do "otimismo" que os interlocutores do governo vêm a público propagar, nossa economia vai demorar para retomar o ritmo do crescimento, mas o que vemos a cada mês avançar são os índices inflacionários.

Índices, que levam quase metade das famílias (47,1%) brasileiras com crianças até 5 anos a viver algum grau de insegurança alimentar. Os maiores índices estão nas regiões Norte (61,4%) e Nordeste (59,7%), conforme dados da ENANI (UFRJ).

Devemos destacar, que qualquer cenário positivo ainda perpassa diretamente pela imunização completa da população brasileira e da queda dos números que o Covid afeta nossa população.

Precipitadamente entramos na fase da liberação total,  abertura dos comércios, bares, lojas, enfim, tudo sem restrição.

Mas o vírus continua rondando nossos lares, nos locais coletivos, em todos lugares.

Como sintoma desse retorno precoce podemos citar o Rio de Janeiro, onde vemos os números de casos novamente aumentando, a variante Delta fazendo 97% dos leitos UTI serem utilizados.

E o pior, as vítimas da  Pandemia tem classe social, são os mais pobres.

Dados do Painel da Covid-19 do Voz das Comunidades, mostram que favelas do Rio registraram um aumento de 81,18% de casos confirmados de Covid-19. Do dia 14 até 20/08/2021, 1.877 novos casos foram confirmados, além de 37 novos óbitos de moradores das comunidades.

Até o momento apenas 28% da população brasileira está vacinada, ou seja, 7 a cada 10 brasileiros ainda não estão imunizados e as mortes chegam a 700 por dia na média. 

Diante disso, insistimos que o trabalho à distância (home office) seja predominante em nossa categoria (Telemarketing), que foi lembrada pelos governantes como atividade essencial, mas esquecida na essencialidade da vacinação.

Categoria, que na sua maioria é formada por jovens, que ficaram para o fim da fila, apesar de serem chamados à responsabilidade na Pandemia.

Categoria, que está entre as 17 no debate da isenção da folha. Debate que deve ser prioridade para garantir postos de trabalho, manutenção de empregos, mas que deve beneficiar somente os que o fazem, pois de nada adianta receber isenção e implementar automação e ainda achar que está certo. A economia agradece...

Aliás, no vale-tudo da economia, Guedes, o "Posto Ipiranga", horas nega que haja descontrole de preços no país e declara que, com inflação de 7% ou 8%, o Brasil está "dentro do jogo".

Todavia, outras horas, o ministro diz, “principalmente com a inflação subindo como está subindo agora, acaba com o espaço de ampliação dos programa sociais; até mesmo, dependendo do nível da inflação, eu já posso começar o ano furando o teto”. 

O que nos faz crer que, o "Posto Ipiranga" é a dicotomia em persona e lhe falta sensibilidade social.

Nessa triste toada o desemprego segue crescente, os Índices inflacionários sobem mês após mês e o "Posto Ipiranga", convocado para tocar a economia comprova ser um fiasco, galgando o posto de pior ministro da economia de todos os tempos.

Depois de recordes de alta em maio, junho e  julho, em agosto o resultado foi uma nova alta, a maior em 19 anos. O IPCA-15, divulgado pelo IBGE, subiu 0,89%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 9,3%. 

Fato é, o conjunto inflação, desemprego, fome e miséria voltam a bater na porta dos lares brasileiros. E no país das fake news dizem que não há inflação. 

Mas a verdade é nua e crua: o carrinho de supermercado não mente!!!

 

Marco Aurélio Coelho de Oliveira
Presidente do Sintratel