O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Telemarketing (Sintratel) realizou,, na tarde desta quinta-feira (09/11), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o lançamento da revista FEMININOS: TRANSVERSALIZANDO PERCEPÇÕES POR LIBERDADE DE GÊNERO.
O evento, que contou com apoio do deputado estadual LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO, contou com a presença de trabalhadores e trabalhadoras do setor, parlamentares e sindicalistas.
A mesa de abertura teve a presença de Marco Aurélio, presidente do Sintratel, Valmira Luzia da Silva e Paulo Cesar Martins, diretores do Sintratel, Raimundo Suzart, presidente da CUT SP, Luís Carlos Crem, presidente do Sintelmark, John Anthony von Christian, diretor-executivo da ABT, Dep. Luiz Cláudio Marcolino e dra. Crisitine Nascimento Costa, delegada de polícia civil no Estado de São Paulo.
Marco Aurélio ressaltou a importância do lançamento da revista, enfatizando que seu tema é uma pauta histórica para o Sintratel, que ao longo dos anos tem lutado por equidade nas relações de trabalho e na sociedade. “Em 2006, o Sintratel atuou com os movimento sociais pela aprovação da Lei Maria da Penha. Lá em 2010, com os movimentos sociais e os sindicatos lutamos pela aprovação do estatuto da igualdade social. Já em 2012 lutamos para que o Supremo Tribunal Federal (STF), desse decisão a favor as cotas raciais, assim como em 2019, para que o mesmo STF criminalizasse a homofobia. Nesse sentido, nos entendemos que a misoginia e o racismo se retroalimentam e acabam exacerbando na sociedade com violência, principalmente nas mulheres negras. Então precisamos transversalzar a luta contra a misoginia porque defendemos a igualdade de gênero e Raça”, disse.
Segundo o presidente do Sintratel, com base em dados publicados pelo Instituto Identidade do Brasil, caso não haja avanços em relação a políticas públicas de inserção do mercado de trabalho, nossa sociedade alcançará a igualdade em 167 anos. “Os número são alarmantes, então torna-se necessário que essa seja uma pauta cotidiana nossa. Assim como elas deve estar inserida na nossa campanha salarial”, explicou Marco Aurélio.
Valmira Luzia comentou a elaboração da revista dizendo que todos os dias quando acorda, ela se pergunta como pode haver ainda tanta desigualdade, já que as tecnologias continuam avançando, hoje temos aplicativo para tudo, estamos vivendo uma realidade incrível de modernidade, mas as relações sociais não se modernizaram ainda para dar conta da superação da desigualdade, de raça e gênero.
“Ai construímos a revista, com poemas e com matérias, tentando despertar em cada pessoa que tiver contato com esse material, esse mesmo sentimento, de acordar algumas vezes pela manhã e se perguntar: como podemos naturalizar a desigualdade, como podemos achar que é natural uma mulher negra ser considerada uma coisa, uma pessoa LGTBQIA+ ser assassinada em via pública só porque resolveu ter ali consigo o direito de ter uma identidade de gênero própria. A revista traz essa visão”, esclareceu Valmira.
O evento, contou com apresentações culturais e um profundo debate que contou com a participação de Doné rosa Oyassy, , líder quilombola do sitio quilombo Anastácia.
Veja a íntegra da cerimônia e as fotos do evento abaixo: