Billy Elliot se passa na era Thatcher, em meio ao fechamento de muitas minas de carvão da Inglaterra, às greves dos mineiros de carvão e ao cotidiano da classe operária inglesa.

 

Um garoto de onze anos, de família operária, com talento para o ballet. Essa é a história. Seu pai, Willian Elliot, e seu irmão, Tony Elliot, são mineiros de carvão do norte da Inglaterra, grevistas e piqueteiros. O garoto, obrigado pelo pai a treinar boxe, fica fascinado com os ensaios de balé, realizados na mesma academia.

O conflito se estabelece quando ele começa a participar das aulas de dança de Mrs. Wilkinson. Entre os mineradores, sobretudo aqueles que estavam no fervor dos combates das greves, não era aceitável um garoto tornar-se bailarino. O estigma de feminilidade do balé torna-o alvo de muitos preconceitos.

Elementos como a busca pela realização pessoal, a aceitação da diferença e a superação são colocados, com muita sensibilidade, neste filme. As situações de crise, tanto no trabalho quanto no nível das relações pessoais e familiares, apontam caminhos interessantes, marcados por um processo de amadurecimento.

Billy Eliot toca em questões muito caras aos trabalhadores, que dizem respeito ao sutil contraste entre moral e falso moralismo.

 

Inglaterra, 2000

Direção: Stephen Daldry

Elenco: Jamie Bell, Julie Walters, Jamie Draven, Gary Lewis, Jean Heywood, Stuart Wells, Nicola Blackwell

 

 

 

 

 

Carolina Maria Ruy é jornalista e coordenadora do Centro de Memória Sindical. Do livro “O mundo do Trabalho no cinema”, publicado por Centro de Memória Sindical

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