Na sexta-feira, 12 de setembro, aconteceu o lançamento do livro-reportagem “Guatemala e Palestina sob o tacão genocida de Israel – Uma história silenciada pela mídia hegemônica”, de autoria do jornalista e ex-assessor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Leonardo Wexell Severo. O evento foi realizado às 19h30, na Livraria Drummond do Conjunto Nacional, em São Paulo, e contou com a presença de militantes, sindicalistas e defensores dos direitos humanos.
Com 126 páginas, publicado pela Editora Papiro, o livro traz uma investigação profunda sobre o papel do imperialismo e do sionismo nas políticas de extermínio que marcaram a história recente da Guatemala e que, segundo o autor, se repetem hoje na Palestina. “Neste momento em que o governo fascista de Benjamin Netanyahu fala em ‘solução final’ contra o povo palestino, como fez Hitler com os judeus, fica claro que imperialismo e sionismo são duas faces da mesma moeda, e precisam ser detidos”, afirmou Leonardo.
O jornalista ainda comparou o cenário atual de Gaza com o período de 1960 a 1996 na Guatemala, quando mais de 200 mil pessoas foram assassinadas e 45 mil desapareceram em uma política de terrorismo de Estado dirigida pelos EUA e Israel. “Desde outubro de 2023, na Palestina, já são mais de 64 mil mortos e 162 mil feridos, vítimas de uma violência que não pode ser silenciada”, completou.
O presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, destacou a relevância da obra como um instrumento de denúncia e mobilização. “É extremamente importante que a população tenha acesso à informação correta, pois não podemos ficar sujeitos às manipulações e mentiras dos grandes meios de comunicação. O que está havendo em Gaza é um genocídio, pois não há enfrentamento entre governos, há um massacre da população civil, de inocentes, de mulheres e crianças”, afirmou.
Suzart concluiu reforçando a necessidade de mobilização popular: “Precisamos estar unidos, mobilizados e reagir, pois da mesma forma como as tropas de Israel agem contra o povo palestino, Trump quer fazer o que bem entende contra a Venezuela e o Brasil. Nós não podemos deixar que seus crimes continuem impunes. É preciso lutar pelo que é direito, pela justiça e pela paz”.