Uma pesquisa divulgada pela Catho aponta que 30% das mulheres deixam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos. Entre os homens, essa proporção é quatro vezes menor, de 7%. O levantamento foi feito em 2018 e ouviu 2,3 mil pessoas.
Outros estudos mostram as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que são mães no mercado de trabalho. Entre as mães, 48% apontam que já tiveram problemas no trabalho por ter que se ausentar porque o filho passou mal.
Outro motivo de conflito são pedidos para chegar mais tarde ao serviço em dias de reuniões escolares, com 24% das respostas. Os números são de outra pesquisa da Catho, empresa especializada em recrutamento de profissionais.
Dados também mostram que os constrangimentos no mercado de trabalho por causa da maternidade são motivo de queixa para mais da metade das mães. Uma pesquisa da Vagas.com aponta que 52% das mães que trabalham dizem ter passado por esse tipo de situação durante a gravidez ou no retorno da licença-maternidade.
Entre elas, cerca de 20% relaram terem sido demitidas - apesar de a lei trabalhista vetar demissão sem justa causa durante a gravidez e até 5 meses depois do parto. Outras queixas levantadas pela pesquisa são comentários desagradáveis (especialmente de chefes), subestimação, redução de carga horária e salário e exclusão de projetos por conta da maternidade.
Nas entrevistas de emprego, as perguntas às candidatas sobre maternidade são frequentes entre os recrutadores. Segundo a pesquisa da Vagas.com, quase 71% das entrevistadas disseram ter sido perguntadas sobre filhos e planos de engravidar em seu processo seletivo mais recente.
Fonte: G1