Na sede da CUT se reuniram representantes de 50 países de movimentos progressistas para debater o crescimento da extrema direita em todo o mundo e formas de vencer o fascismo e o neonazismo
Representantes de movimentos, partidos políticos, sindicatos e federações de 50 países se reuniram nesta sexta-feira (21), na sede da CUT Nacional, em São Paulo, neste que foi o segundo, da série de três encontros, da Internacional Progressista, no Brasil. A Internacional Progressista, da qual a CUT faz parte, é uma organização fundada há quatro anos com o objetivo de se fazer as articulações necessárias para enfrentar o fascismo, que é uma ameaça real no mundo hoje.
No seminário internacional estavam presentes a presidenta da Câmara de Deputados do Chile, lideranças de Quênia, da Índia, da Polônia, do Paraguai e da imprensa dos Estados Unidos, entre outros.
O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, que participa da entidade, contou que a partir deste primeiro seminário internacional no Brasil irão organizar os próximos passos.
“Somos entidades de esquerda e pretendemos organizar as estratégias para enfrentar o fascismo e o neonazismo para construir um mundo mais livre e mais democrático”, explicou Lisboa.
O dirigente da CUT disse ainda que a Central está filiada à Internacional Progressista há três anos, e dela fazem parte 100 organizações internacionais e personalidades como chanceler Celso Amorim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e cientista político e filósofo norte-americano, Noam Chomsky, entre outros nomes do campo progressista.
A coordenadora para a América Latina da Internacional Progressista, Aline Piva, ressaltou que a troca de experiências com todos num mesmo lugar, faz o debate ser mais produtivo.
“Nossa ideia é trazer propostas claras de ação que vamos levar adiante para enfrentar o “bolsonarismo” aqui e todo o fascismo no mundo inteiro. Por isso é tão importante essa reunião. Ontem, nós estivemos na Unicamp, um dia inteiro do que a gente chamou de Festival de Ideias. Hoje, a gente ouviu diversas pessoas do mundo inteiro discutindo o que é importante na construção dessas ações”, disse Aline Piva.
O evento todo ocorre em três dias sendo que o primeiro foi na Unicamp, o segundo na sede CUT e o terceiro e último dia será neste sábado (22), na escola Florestan Fernandes, do MST.
A Internacional Progressista luta por um mundo:
- Democrático, onde o povo tenha o poder de mudar a sociedade e suas instituições.
- Descolonizado, onde as nações possam decidir seu próprio destino livres de qualquer opressão.
- Justo, corrigindo as desigualdades e o nosso legado histórico.
- Igualitário, que esteja a serviço da maioria do povo, e não dos mais privilegiados.
- Emancipado, onde todas as identidades tenham direitos iguais, reconhecimento e poder.
- Solidário, onde a luta de cada um seja a luta de todos.
- Sustentável, que respeite os limites do planeta e proteja as comunidades vulneráveis.
- Ecológico, em que as sociedades humanas estejam em harmonia com seu habitat.
- Pacífico, onde a violência da guerra seja substituída pela diplomacia entre os povos e as pessoas.
- Pós-capitalista, que recompensa todas as formas de trabalho, abolindo a cultura da exploração.
- Próspero, erradicando a pobreza e investindo num futuro de abundância compartilhada.
- Plural, onde a diversidade seja a nossa fortaleza.
Fone: CUT