Em 28 de janeiro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, uma data que carrega o peso da memória e a urgência da luta contra uma prática que ainda persiste no país. A escolha desse dia é uma homenagem aos auditores-fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e ao motorista Aílton Pereira de Oliveira, brutalmente assassinados em 28 de janeiro de 2004, em Unaí-MG, enquanto investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas da região. O crime ficou conhecido como a "Chacina de Unaí".
Para o Sintratel (Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing), essa data é um marco de reflexão e reafirmação do compromisso com a luta por condições dignas de trabalho. A tragédia de Unaí é um símbolo do perigo enfrentado por quem combate a exploração, mas também uma inspiração para que nunca se desista de erradicar esse tipo de violação dos direitos humanos.
O trabalho escravo contemporâneo é uma realidade que atinge milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Ele se manifesta de diversas formas, como condições degradantes, jornadas exaustivas, servidão por dívida e restrição de liberdade. Apesar dos avanços legislativos e de fiscalização, o combate a essa prática ainda enfrenta desafios significativos, especialmente em áreas rurais e setores precarizados da economia.
O Sintratel acredita que o enfrentamento ao trabalho escravo deve ser prioridade de toda a sociedade. É essencial fortalecer a fiscalização, ampliar as políticas públicas de inclusão social e educar a população sobre os direitos trabalhistas.
Neste 28 de janeiro, homenageamos aqueles que perderam suas vidas em defesa da dignidade no trabalho e reafirmamos nossa luta por um futuro em que nenhum trabalhador ou trabalhadora seja submetido à exploração. A erradicação do trabalho escravo é mais do que um compromisso; é uma obrigação de todos nós.