Atendendo a um pedido feito pelas centrais sindicais, o ministro Alexandre de Morais, presidente do STE (Supremo Tribunal Eleitoral), decidiu, nesta quinta-feira (29), proibir o transporte de armar e munições no dia anterior a votação, durante o pleito e nas 24 horas seguintes a votação.

A proibição tem como foco os (as) CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), público que ao longo dos últimos anos cresceu vertiginosamente no Brasil.

Representantes das centrais sindicais estiveram, na terça-feira (27) com o ministro Alexandre de Moraes, que recebeu um conjunto de propostas para que seja reforçada a segurança durante as eleições e, principalmente para os (as) mesários (as) que trabalharão durante o pleito.

Entre as propostas apresentadas estão:

 

o Reforço especial no sistema de segurança para todos os que trabalham nas regiões/zonas de votação (servidores e mesários) e aos próprios eleitores;

o Mobilização de todo o aparato de segurança (nacional, Estadual e municipal) em torno de um plano de proteção e segurança;

o Manutenção de plantão dos órgãos que podem dar suporte ao combate à violência, o monitoramento da situação e dos casos de violência, e que sejam céleres em adotar medidas para punir os casos ocorridos;

o Suspensão do porte de trânsito de armas para todos os civis que não participem o sistema de segurança das eleições, bem como suspender as atividades dos Clubes de Tiro, de reuniões, treinamento e competição de tiro no mínimo 3 dias antes e depois do 1º e 2º turnos das eleições;

o Criação de um canal ao qual a população possa recorrer para denunciar casos de violência.

 

Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), diante da tensão que envolve o pleito eleitoral de 2022, é preciso reforçar a segurança da população e para manter a ordem pública. “É lamentável o que estamos vivenciando, pois esta insegurança social e o incentivo a ruptura de todo o processo legal está sendo propagado justamente pelo grupo que envolve o chefe do Executivo nacional, que facilitou o acesso a armas, o que ajudou a armar cidadãos, mas também o crime organizado”, disse.

Para Patah, as medidas sugeridas pelas centrais sindicais têm como foco a proteção de toda a sociedade. “Coisas absurdas estão acontecendo em todo o país, pessoas se agredindo e matando só porque estão lados opostos do espectro político. Como se fossem inimigos e isso não pode acontecer”.

“O ministro Alexandre de Moraes acertou em sua decisão”, concluiu Ricardo.