Seria maravilhoso se vivêssemos em um mundo onde leis como a Lei Maria da Penha não precisassem existir. Um mundo onde o respeito mútuo fosse a norma e a violência doméstica fosse apenas uma lembrança distante. No entanto, a realidade nos mostra que essa não é a situação em que vivemos.
Infelizmente, a violência doméstica continua a ser uma questão crítica em nossa sociedade, afetando mulheres, crianças e idosos. A Lei Maria da Penha, que entrou em vigor há 18 anos, representou um avanço significativo no combate a este problema, ajudando a proteger milhares de vítimas de agressões físicas e psicológicas. Esta lei é uma ferramenta fundamental para enfrentar o machismo e o sexismo profundamente enraizados em nossa sociedade.
No entanto, apesar dos progressos alcançados, os casos de feminicídio e violência doméstica ainda são alarmantemente comuns. Precisamos de uma aplicação mais rigorosa das leis existentes, além de uma ampliação das políticas públicas que ofereçam apoio às vítimas e promovam a conscientização e a educação sobre a importância do respeito e da igualdade de gênero.
Endurecer a Lei Maria da Penha e fortalecer suas medidas de proteção são passos necessários para garantir que as vítimas tenham a segurança e o suporte de que precisam. É crucial que continuemos a lutar para eliminar a violência doméstica em todas as suas formas, construindo uma sociedade onde o respeito e a dignidade de cada indivíduo sejam verdadeiramente valorizados.
Em um mundo ideal, o respeito e a igualdade seriam a regra, e não a exceção. Até lá, devemos continuar a fortalecer e aplicar as leis que protegem as vítimas de violência e trabalhar para erradicar as causas profundas deste problema. A Lei Maria da Penha é um pilar importante nessa luta, e seu fortalecimento é essencial para a construção de um futuro mais seguro e justo para todos.
Paulo Cesar Martins - Diretor de Relações Sociais