As centrais sindicais brasileiras mostram-se perplexas diante da deflagração de uma nova guerra no continente europeu.
Acreditamos na paz e em soluções diplomáticas para conflitos entre países. Paz e diplomacia que, acima de tudo, deveriam garantir trabalho descente, justiça social com distribuição de renda e dignidade da vida humana, condições pelas quais lutamos incansavelmente.
Estamos diante de uma situação que o mundo não vê desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Não é exagero dizer que se trata da formação de uma nova configuração global. Em um mundo cada vez mais globalizado, as consequências de um conflito desse porte, tem o potencial para atingir todo o planeta, inclusive a economia brasileira com a elevação do valor de produtos como o trigo, gás e petróleo.
Consideramos urgente uma saída negociada. Uma saída na qual todos os envolvidos se movam pela preservação da paz.
Como representantes dos trabalhadores brasileiros, emitimos um clamor pela paz e um apelo pela população mais vulnerável e pelos trabalhadores que pagam um preço muito alto, muitas vezes com a própria vida, quando uma guerra se estabelece.
Estamos a poucos meses do fim da guerra no Afeganistão, que se arrastou por 20 anos com consequências lamentáveis. A história mostra que é urgente rever essa maneira de tentar resolver conflitos. Nada justifica a dor e o sofrimento que elas causam.
São Paulo, 25 de fevereiro de 2022
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)