Inflação nos alimentos estrangula os orçamentos das famílias e agrava a fome. Segundo o Datafolha, de cada quatro brasileiros, um não dispõe de alimentos o suficiente.

 

 

 

Cesta – O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em nove das 17 Capitais onde o Dieese faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Entre maio e junho, maior alta ocorreu em Fortaleza (4,54%). São Paulo é a mais cara: R$ 777,01. Menor valor médio, João Pessoa: R$ 586,73.

 

 

 

Comparação entre junho deste ano e de 2021 mostra que todas as Capitais tiveram alta – de até 26,54%.

 

 

 

Mínimo – Com base na regra segundo a qual o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo. Em junho, o necessário pra manter família de quatro pessoas equivaleria a R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.

 

 

 

Leite – Um dos vilões do custo de vida tem sido o leite. Seu preço subiu, na média, 20,97%.

 

 

 

Lanche – Quem come fora está trocando PF por lanche. Numa cesta com 120 itens, foram cortados em média cinco ingredientes. O custo, só neste ano, subiu 13,1%.

 

Economista – “A pessoa tem que analisar o que consome e consumir só o necessário. Estamos há dois anos em tempo de guerra e inação do governo, que poderia diminuir o impacto no bolso. Sem iniciativa governamental, quem tem que cuidar do bolso é o próprio trabalhador”, afirma Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho Regional de Economia em SP.

 

 

 

Pedro orienta: “A primeira regra é se manter dentro do seu orçamento, pra não ficar a dívida para o mês seguinte. A segunda é, dentro do que precisa comprar, buscar preços alternativos e às vezes até em mais de um supermercado”.

 

 

 

Fonte e Foto: Agência Sindical