Segundo IBGE, o Brasil terminou primeiro trimestre de 2020 com 1,2 milhão de pessoas a mais na fila do desemprego

 

O desemprego aumentou em 12 estados no Brasil durante o primeiro trimestre de 2020, período que começou a sentir os efeitos da chegada do novo coronavírus ao país, segundo divulgou nesta sexta-feira (15) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Nas outras 15 unidades da federação, a taxa de desocupação permaneceu estável na comparação com o último trimestre de 2019.

 

O Brasil terminou o primeiro trimestre deste ano com 1,218 milhão de pessoas a mais na fila do desemprego. Com o avanço no número de desempregados, a taxa de desocupação avançou para 12,2%.

 

Carteira de trabalho e previdência social - Gabriel Cabral/Folhapress

A população desocupada foi de 11,632 milhões, no último trimestre de 2019, para 12,850 milhões nos três meses de 2020, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. A alta no período foi de 10,5%.

 

O primeiro caso conhecido de Covid-19 no Brasil ocorreu em 25 de fevereiro. No mês seguinte, o país começou a sentir os efeitos econômicos do novo coronavírus, com decreto de quarentenas em estados e municípios, o que causou o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de evitar avanço da pandemia.

 

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Desde então, as maiores altas no desemprego foram observadas no Maranhão, que subiu 3,9 pontos percentuais, no Alagoas, com 2,9 ponto percentual a mais que no trimestre anterior, e no Rio Grande do Norte, alta de 2,7 ponto percentual. As maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%),

 

Segundo o IBGE, o desemprego avançou em diversos segmentos da sociedade no trimestre encerrado em março de 2020. Entre as pessoas que se declararam pretas e pardas, a alta foi de 13,5% e 12,6%, no quarto trimestre, para, respectivamente, 15,2% e 14%. Já entre as brancas subiu de 8,7% para 9,8%.

 

Entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, o desemprego passou de 23,8%, no último trimestre de 2019, para 27,1%, no trimestre encerrado em março.

 

Fonte: Folha de SP