Pedido foi feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e anunciado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
O prédio do Congresso Nacional foi iluminado na noite deste domingo (28) com as cores do arco-íris em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBT. A ação é inédita e foi anunciada pelo presidente do Legislativo, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), pelo Twitter.
A decisão foi uma resposta à demanda do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é o 1º senador homossexual do Brasil. A partir das 20h, os dois edifícios centrais do Congresso foram coloridos de lilás, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho.
Em seu perfil no Twitter, Alcolumbre disse que “em uma sociedade plural, não pode haver espaço para o preconceito” e que o Congresso “respeita a diversidade”.
Já o senador Fabiano Contarato agradeceu o “importante gesto” do presidente do Senado e disse que “tudo o que obtivemos veio de lutas e conquistas no Judiciário, mas precisamos de leis federais”. “A visibilidade é um importante caminho. As pessoas têm que entender que orientação sexual não define caráter”, escreveu.
Por conta da pandemia do coronavírus, não foram possíveis as habituais celebrações em todo o mundo pela data.
O Dia do Orgulho é celebrado neste dia lembrando a Revolta de Stonewall. Em 28 de junho de 1969, a polícia de Nova York invadiu o bar Stonewall Inn, localizado em Manhattan, conhecido por ser um dos poucos locais da época que aceitavam a presença de gays, lésbicas, trans e drag queens ― que desencadeou uma onda de protestos na luta pelos direitos LGBT.
Na época, ter “orgulho” de ser LGBT era um crime. E ficar “dentro do armário” era a lei. Até 1969, era proibido manter relações com pessoas do mesmo sexo em todos os Estados norte-americanos, exceto Illinois.
“Foi mais uma reação geral da juventude gay, lésbica e trans da cidade. Não se confiava na polícia; ela era o inimigo, e a reação se deu contra a violência policial”, afirma James Green, que viu o movimento nascer nos EUA e no Brasil e hoje é professor da Brown University, em entrevista ao HuffPost Brasil.
Cinquenta e um anos depois, Stonewall é mais do que um local físico. É o símbolo de um movimento que ganhou visibilidade mundial. Mas ainda existem mitos sobre o que aconteceu naquela noite de 1969. E há também muito para ser conquistado ― cerca de 70 países ainda consideram a homossexualidade um crime.
Ellen Broidy, Mark Segal, Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera são alguns dos nomes mais conhecidos que participaram dos protestos na época. Mas a pergunta “quem jogou o primeiro tijolo em Stonewall?” reverbera até hoje.
Fonte: www.huffpostbrasil.com