Na manhã da quarta-feira (05/02/20) foi realizada outra rodada de negociações da Convenção Coletiva dos Trabalhadores em Telemarketing de São Paulo.

Retomando as discussões, que ficaram paralisadas desde dezembro, o sindicato patronal (Sintelmark) surpreendeu os/as presentes, pois o patronal reafirmou a mesma proposta de reajuste salarial de 3,42%, índice que em dezembro supriria a inflação e apresentado como proposta naquele mês.  

Porém, 1,06% aquém do índice apontado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) que divulgou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 4,48%. 
Índice que, inclusive, fez o Governo rever o valor do mínimo de R$1.039,00 para R$1.045,00.

Apesar da primeira reunião, em dezembro de 2019, apresentar acenos positivos à reposição da inflação no reajuste salarial e nas demais cláusulas econômicas da Convenção Coletiva, o que vimos nesta nova rodada de negociação foi um “banho de água fria”, para quem aguardava coerência na proposta, acompanhando o aumento registrado no período.

 A diretoria do Sintratel declinou da proposta, sem transparecer intransigência deixou claro que conhecemos as dificuldades que o país atravessa e as inúmeras justificativas apresentadas, mas para qualquer reajuste diferenciado, os trabalhadores e trabalhadoras precisam ser contemplados com outros ganhos que componham em seus salários.

Seja através de um aumento real nos vales refeição, no auxilio creche, na PLR, benefícios que impactam na renda dos que laboram de fato.

“Partimos dos 4,48% , índice oficial de inflação, inclusive adotado no mínimo. Fora isso somente compondo em outros ganhos para os trabalhadores”, afirmou, Marco Aurélio Coelho, presidente do Sintratel.

Diante desse cenário, "mal ajeitado" pós reunião, as negociações continuam em aberto, “aguardamos uma proposta sensata para por ponto final nessa novela e protocolarmos a Convenção Coletiva dos Trabalhadores 2020, pois quem sai perdendo com a demora são sempre os mesmos: os trabalhadores e as trabalhadoras”, finalizou, Marco Aurélio.

 Diante do exposto a categoria aguarda um posicionamento plausível e digno por parte dos patrões para dar desfecho a Campanha Salarial 2020, que segue em aberto na espera de um reajuste que recupere o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras em Telemarketing.

 

Fonte: Secretaria de Imprensa e Comunicação: Sintratel