O Tribunal de Justiça de São Paulo converteu a recuperação judicial da Coesa, antiga construtora OAS, em falência. As dívidas da companhia somam R$ 4,49 bilhões.

O TJ acatou os argumentos dos credores de que as movimentações societárias promovidas pela OAS, e que resultaram na recuperação judicial da Coesa, foram "fraudulentas".

A Coesa é fruto de uma reestruturação societária da OAS, construtora que entrou em recuperação judicial após o seu envolvimento nos escândalos de corrupção revelados pela operação Lava Jato.

Após 5 anos de recuperação judicial, a OAS saiu da tutela da Justiça. Mas antes de cumprir com o plano e pagar seus credores, em 2021, a OAS promoveu uma reestruturação que resultou na criação das subsidiárias Meta e Coesa, entre outras. A primeira ficou com os contratos de engenharia, cedidos a custo zero, enquanto a segunda herdou as dívidas.

Logo após ter sido criada, a Coesa entrou com pedido de recuperação judicial --- e os credores, que ainda não tinham recebido os créditos devidos da OAS, se viram tendo que enfrentar uma nova recuperação judicial.

Os credores que pediram a convolação da RJ em falência devem pedir a impugnação de seus créditos para, posteriormente, entrar com execução de dívida contra a Meta.